CAMINHOS ECOCRÍTICOS DA TRAGÉDIA WAIMIRI ATROARI: A ESCRITA TESTEMUNHAL DE STEPHEN BAINES E A INTERPRETAÇÃO DO BRASIL INDÍGENA
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Resumo
São muitas as econarrativas responsáveis pela consolidação de um legado memorialístico que rompe o silêncio e revela a dimensão do fantasma da Ditadura Militar para as populações originárias do Brasil e seus territórios naturais. Em busca de refletir sobre algumas delas, o presente estudo tomou como corpus relatos que promovem o imbricamento entre antropologia e literatura, com o intuito de revelar olhares ainda pouco explorados pela ecocrítica em relação aos povos da floresta. Busca-se, desse modo, revisitar narrativas provenientes do território etnográfico de Stephen Grant Baines, antropólogo inglês cujo legado juntamente ao povo indígena Waimiri Atroari desde os anos 1970 traz à tona as consequências do indigenismo empresarial impulsionado pelo regime cívico-militar na Amazônia e produz uma contribuição valiosa à literatura testemunhal. Da antropologia à literatura, a escrita testemunhal-memorialística reconstrói as consequências do contato e os caminhos do extermínio, revelando cicatrizes ainda muito vivas na história recente dos povos autóctones e em sua diversidade biocultural, intimamente vinculada aos espaços há milênios por eles ocupados.
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