DEVORAR E SE VESTIR DE CONSTELAÇÃO: AS TRILHAS DE SUMÉ E A TESSITURA ESPIRITUAL ENTRE FLORESTA E PERIFERIA
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Resumo
Esse artigo caminha nas trilhas indicadas pela cosmogonia tupinambá para tomar as narrativas como um exercício andarilho, inspirado nas onças que percorrem a floresta e as estrelas para devorar e erguer mundos. Assim, tomando a periferia como lugar de enunciação, território da cidade de Duque de Caxias, problematizamos as produções coloniais que fixam via a violência e a produção de estereótipo dimensões do ser/saber. Sumé, a onça mítica dos tupinambás, nos orienta a devorar mundos e interpretar nos céus outros caminhos de significação da existência. É nesse sentido, em diálogo com a cosmogonia tupinambá e os conceitos de contracolonização (BISPO DOS SANTOS, 2015) e retomada (BABAU, 2023), que estabelecemos uma tessitura entre o espírito da floresta e o espírito da periferia. Tomamos ainda o diálogo com a experiência do Museu Vivo do São Bento, como exercício de memória e política ancestral baseada nos princípios aqui abordados. Nos interessa tecer diálogos éticos, estéticos, políticos e epistemológicos entre o espírito da floresta e o espírito das periferias que permitam conectar as histórias, memórias e narrativas dos povos tupinambás para sugerir uma crítica ao modelo dominante de ser/saber, principalmente na chamada periferia.
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