METÁFORAS QUE ENLAÇAM SABEDORIA SOBRE A MULHER EM CULTURAS BANTU MOÇAMBICANAS
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Resumo
Os povos para sustentar e manter suas cosmopercepções e suas culturas criam guias de leitura e de compreensão do mundo e dos textos que compõem o mundo. Esses guias são os protocolos de leitura e de compreensão de textos. Um dos ensinamentos desses protocolos é de compreensão da diferença, com hierarquização de valores para cada estrato de diferença. Por isso, é fundamental que esses protocolos de leitura e compreensão que naturalizam as hierarquias diferenciais sejam desnaturalizados e desestabilizados. A partir da cosmopercepção bantu moçambicana, neste artigo, problematizamos a naturalização das percepções sobre as mulheres nas culturas bantu moçambicanas, por meio de provérbios que circulam nas línguas bantu Emakhuwa, Tewe, Sena e Changana, nas regiões Norte, Centro e Sul de Moçambique. Os provérbios, por meio dos conceitos metafóricos que os constituem, são discutidos, através dos sentidos e das funções, explicitando quais protocolos de leitura e de compreensão de textos eles estão construindo sobre mulheres. Focamos, especificamente, em conceitos metafóricos, nos termos de George Lakoff e Mark Johnson (1980; 2002), que entrelaçam a sabedoria sobre a mulher na comunidade bantu, buscando problematizar as crenças, o lugar no mundo, os papéis sociais e as relações políticas construídas nessas sociedades.
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