O ROMANCE ENTRE A FICÇÃO DO MANUSCRITO E A FICÇÃO NO LIVRO EM FRONTEIRA (1935), DE CORNÉLIO PENNA

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Talles Faria

Resumo

Este artigo analisa as questões colocadas pelos liames entre a ficção do manuscrito, o romance e o livro em Fronteira (1935), primeiro romance publicado por Cornélio Penna. Nele, Penna se vale do topos do manuscrito encontrado, artifício que põe em curso uma ficção do manuscrito como garante da autenticidade do texto, influindo em seu protocolo de leitura; paradoxalmente, a ficção do manuscrito é acionada não preliminarmente à leitura, mas depois dela, num “Epílogo”, o que coloca em curto-circuito o protocolo da primeira leitura do romance. Nesse sentido, tal como no casarão decadente no qual está ambientado o romance, o livro, de certo modo desestabilizado em sua ortopedia, também se apresenta fechado “como um cofre”, dissimulando as fronteiras entre o suposto manuscrito (um diário) e o romance que o emula, entre o livro que (des)abriga o romance e o edifício que (des)abriga as personagens na ficção corneliana.  

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Como Citar
FARIA, Talles. O ROMANCE ENTRE A FICÇÃO DO MANUSCRITO E A FICÇÃO NO LIVRO EM FRONTEIRA (1935), DE CORNÉLIO PENNA. Caderno Seminal, Rio de Janeiro, n. 49, 2024. DOI: 10.12957/seminal.2024.80112. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/80112. Acesso em: 11 out. 2024.
Seção
O livro-objeto e as narrativas híbrida, multimodal e crossover