CRIMES E VIOLÊNCIA NO ÍNDICO MOÇAMBICANO: RABHIA DE LUCÍLIO MANJATE E A ILHA DOS MULATOS DE SÉRGIO RAIMUNDO

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Resumo

Neste artigo analisam-se dois romances moçambicanos contemporâneos, nomeadamente, Rabhia de Lucílio Manjate, publicado em 2017 e A Ilha dos mulatos de Sérgio Raimundo, publicado em 2020. Embora com estruturas e opções narrativas distintas, como se verá ao longo do artigo, ambos os romances debruçam-se sobre a sociedade moçambicana contemporânea pelo prisma do crime e do mistério, proporcionando um retrato multifacetado da pós-colonialidade neste país africano. Como se verá, nestas narrativas, a pós-colonialidade surge marcada por memórias conflituosas e relações de género, raça e inter-geracionais complexas, fruto das múltiplas situações de violência vividas pelo país em suas transições históricas, políticas e económicas. Por outro lado, será analisada, em ambas as narrativas, a representação da relação histórica e identitária milenar entre Moçambique e o universo do Oceano Índico, abordando-se os tópicos das migrações, das mestiçagens raciais e culturais, bem como da difusão do Islão enquanto elemento religioso e cultural transnacional.

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Como Citar
FALCONI, Jessica. CRIMES E VIOLÊNCIA NO ÍNDICO MOÇAMBICANO: RABHIA DE LUCÍLIO MANJATE E A ILHA DOS MULATOS DE SÉRGIO RAIMUNDO. Caderno Seminal, Rio de Janeiro, n. 45, 2023. DOI: 10.12957/seminal.2023.79831. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/79831. Acesso em: 24 maio. 2025.
Seção
A narrativa moçambicana no século XXI