BECOS DA MEMÓRIA: TERRITÓRIO, CORPO E REINVENÇÃO
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Resumo
Levando em consideração os vários silenciamentos impostos às mulheres negras na sociedade brasileira e, também, sua invisibilização tanto na literatura quanto na história oficial da nação, a escrevivência surge como um manifesto potente que busca romper com paradigmas excludentes ao inscrever um corpo autoral por meio de um gesto de escrita. Evaristo é uma autora que nos brinda com uma série de metáforas que fazem do lugar físico da favela-corpo da negritude e de seus apagamentos sistemáticos, desencadeados por um pacto perverso que visa ao silenciamento e a mortificação, uma possibilidade de remontar um corpo autoral e descolonizado através da escrita de memórias. Em sua escrita, o território, o corpo, a memória, a política e a ficção se misturam e confundem, produzindo novas imagens pensantes e narrativas que deslocam esse corpo, banhando-o de novos sentidos e significância política. O foco desta análise não pretende se ater a um discurso reducionista que busca uma mera transposição das condições sociopolíticas da população negra no Brasil para a literatura, mas, sim, de tentar alcançar a profundidade da narrativa em sua potência ficcional de denúncia e autoria.
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