SOBRE AS BELEZAS DA MORTE: ANCESTRALIDADE E APRENDIZAGEM EM "GOSTO DE AMORA"
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Abstract
Este artigo pretende analisar o conto “Gosto de Amora” (2019), presente na coletânea homônima, de Mário Medeiros. No conto, o narrador-personagem, por meio do olhar infantil, conta a sua travessia ao encontro dos antepassados. Ao se observar essa narrativa formalmente, notamos que ela apresenta uma desestruturação da noção cronológica e linear de tempo, propondo uma outra forma de pensar a existência, o que se relaciona à ideia de “tempo africano tradicional” (RIBEIRO, 2016). A partir disso, o narrador trabalha com temas, como – ancestralidade, tempo, memória e morte. A morte é representada a partir de imagens poéticas que simbolizam, em muitos momentos, o processo de formação e aprendizagem do negro na sociedade brasileira. Nesse sentido, buscamos compreender de que forma essa narrativa afro-brasileira, por meio de um narrador-personagem infantil, consegue apresentar os entrecruzamentos entre sujeito, ancestralidade, tradição africana e contemporaneidade.
Abstract: This article aims to analyze the short story “Gosto de Amora”, present in the eponymous collection, of Mário Medeiros. In the short story, the first-person narrator, using a childish view, tells his path to meet the ancestors. When looking at this narrative formally, we see that it presents a destructuring of linear and cronologic notion of time, proposing another way of thinking about the life, what relates to the ideia of “tempo africano tradicional” (RIBEIRO, 2016). From this, the narrator works with themes: ancestrality, time, memory and death. The death is represented from poetic images that symbolize, in many moments, the formation and education process of black people in a Brazilian society. Therefore, we seek to understand how this Afro-Brazilian narrative, through a childish first-person narrator, manages to present the intersections between subject, ancestrality, African tradition and contemporary.
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