“ERA PRECISO TER FIRMEZA E ELIMINAR OS PORMENORES”. IMPERIALISMO E COLONIZAÇÃO BRITÂNICA DA NIGÉRIA EM O MUNDO SE DESPEDAÇA, DE CHINUA ACHEBE

Resumo

A proposta do artigo é fazer uma leitura do romance de Chinua Achebe O mundo se despedaça com o intuito de entender e analisar o impacto que a presença britânica teve na Nigéria, especialmente no imaginário vilarejo de Umuófia, onde a narrativa se desenvolve, no final do século XIX. A partir do ponto de vista do nativo, do guerreiro Okonkwo, Achebe proporciona uma profunda reflexão a respeito da violenta relação entre metrópole e colônia, colonizador e colonizado, e como a desigualdade na relação provoca um verdadeiro extermínio étnico e cultural, aquilo que Achile Mbembe (2018) entender ser necropolítica e V. Y. Mudimbe (2013) considera como marginalização das sociedades autóctones e o predomínio da cultura eurocêntrica. Assim, O mundo se despedaça, estimula a reflexão sobre o fim de culturas e a dominação do nativo pelo europeu.