O LUGAR DA MEMÓRIA EM TRÊS CONTOS DA LITERATURA INFANTOJUVENIL GUINEENSE CONTEMPORÂNEA: ENTRELAÇAMENTO ENTRE HISTÓRIA, LITERATURA E MEMÓRIA NA OBRA A HISTÓRIA QUE MINHA MÃE NÃO ME CONTOU E OUTRAS HISTÓRIAS DA GUINÉ-BISSAU (2019), DE ELISEU BANORI
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Resumo
A literatura infantojuvenil guineense contemporânea é construída a partir do entrelaçamento entre História e Literatura, tendo como fio condutor a memória, cujas personagens, entre crianças, adultos e idosos, habitam os desvios e as margens. Nesse sentido, considerando as avenidas identitárias e o universo dessa produção literária, compreendemos que os movimentos de crítica e análise contemporâneas devem encabeçar o exercício de criar contranarrativas, na possibilidade de trazerem à tona uma Guiné-Bissau com suas dinâmicas e pluralidades, além da necessidade de incentivar a autoria, circulação e leitura de sua literatura, na direção do que projetou e realizou Amílcar Cabral enquanto projeto literário de nacionalização do país. Assim, entendendo a obra literária como porta-voz de uma consciência e de uma identidade coletiva, objetivamos identificar as relações entre História, Literatura e Memória na obra A história que minha mãe não me contou e outras histórias da Guiné-Bissau, entrecruzando autoria, pretagonismos e temáticas, considerando os diálogos e intersecções no âmbito da produção literária infantojuvenil guineense contemporânea. Enquanto metodologia, a pesquisa é básica, de natureza qualitativa, caracterizada como análise-crítica, precedida de revisão bibliográfica, tendo como corpus de análise a obra A história que minha mãe não me contou e outras histórias da Guiné-Bissau, publicada em 2019, de autoria do guineense Eliseu Banori. Como aporte teórico, recorremos às discussões de Augel (2007), Spivak (2010), Moraes e Sousa (2018), Leite (2016), Lukács (1970) etc. . Intentamos contribuir para as discussões sobre as Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, especificamente a de Guiné-Bissau, no que compete ao gênero infantojuvenil e como essa produção literária contribui para a (re)construção de uma nação, retomando as memórias a partir do entrecruzamento e diálogos entre Literatura e História.
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