DESMUNDO: UMA EXPERIÊNCIA DE EXÍLIO E (RE)CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA
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Resumo
O presente trabalho tem o intuito de analisar de que forma se estabelece o exílio, a exiliência e a (re)construção identitária em Desmundo (1996), obra de Ana Miranda. O romance propõe uma nova visão sobre a história do início da colonização no Brasil. A protagonista da narrativa, Oribela, uma órfã portuguesa, é enviada à colônia, junto a mais seis meninas, incumbidas de se casarem com os colonos desbravadores do novo mundo. A jovem é uma imigrante insatisfeita com o seu deslocamento da Europa para a América Latina e com o destino predeterminado para sua vida, em um espaço desconhecido, que se configura como um desmundo. Oribela é uma das personagens da obra que vivencia o exílio, experiência que lhe oprime, mas que ao mesmo tempo lhe impulsiona a lutar por seus ideais. Por meio das situações vividas e das relações interpessoais que a personagem desenvolve ao longo da narrativa, Oribela tem a chance de (re)construir a sua identidade, que se encontra fragmentada devido ao desenraizamento espacial e cultural. Assim, as experiências se tornam significativas para que a órfã encontre, novamente, a si mesma. Perante o exposto, este trabalho tem como principal suporte teórico, crítico e analítico os estudos de Edward Said (2001), Alexis Nouss (2016), Zygmunt Bauman (2005) e Stuart Hall (2006).
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