A PERSONAGEM FRACASSADA NO ROMANCE DE 30 EM ALGUMAS NARRATIVAS DO DESLOCAMENTO
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Resumo
O nosso artigo intenciona analisar a relação dialética do deslocamento espacio-temporal em quatro narrativas do decênio de 30: O anjo, de Jorge de Lima, Maleita, de Lúcio Cardoso, Angústia, de Graciliano Ramos e O amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos, lançadas, respectivamente, em 1933, 1934, 1936 e 1937. O nosso fito é mostrar como a ocorrência dos movimentos espacio-temporais concorrem para o realce da representação do sentimento de fracasso. O aparecimento da personagem fracassada foi notado, primeiramente, por Mário de Andrade (2002) em “Elegia de abril”, publicado em 1941. Cabe indicar que, mesmo no subtexto das narrativas, há tensões animadas na relação com outro como ser – a alteridade – e o outro como espaço-tempo, cada um carregando os seus correspondentes valores. Por meio de estudos de Tim Cresswell (2006), sobre a espacialidade e suas representações, de Sérgio Miceli (2011) e de Antonio Candido (1989) sobre o sentimento de negatividade presente nos romances de 30, de Luís Bueno (2015), versando sobre as narrativas do período em questão, e textos críticos acerca delas, procuramos demonstrar como a sua forma/conteúdo oferece pertinentes discussões a respeito do deslocamento interligado à lógica do poder e da noção de não-pertencimento das personagens derrotadas.
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