A VARIAÇÃO NA CONSTRUÇÃO RELACIONAL DE MUDANÇA DE ESTADO: FICAR, TORNAR-SE E VIRAR
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Resumo
O objetivo deste trabalho é descrever uma parcela da rede da construção relacional de mudança de estado no Português Brasileiro, analisando a variação que ocorre no uso dos verbos ficar, tornar-se e virar nesse tipo de construção. Para tanto, foram considerados apenas dados com sujeito (animado ou não animado) e os verbos em estudo seguidos de predicativo sob as formas de sintagma adjetival ou sintagma nominal. Foram descartados dados de construções impessoais e com sintagmas oracionais e sob a forma de sintagmas preposicionados ou adverbiais, além de construções em que os verbos em estudo integravam locuções verbais. A abordagem escolhida para nortear esta pesquisa é a Gramática de Construções Baseada no Uso (BYBEE, 2010, 2013; CROFT, 2001; GOLDBERG, 1995, 2013; TRAUGOTT & TROUSDALE, 2013; dentre outros), que considera a construção gramatical (pareamento de forma e significado) como unidade básica da língua, levando em consideração o uso, e apresenta um modelo de gramática como rede de construções interconectadas. Assim, algumas das questões a que se busca responder são: (i) quais as diferenças e similaridades no uso dos verbos ficar, tornar-se e virar na construção relacional de mudança de estado?; (ii) como se dá a variação/alternância entre tais verbos nesse tipo de construção? Como objetivos específicos, destacam-se: (i) a identificação dos padrões de uso com base na frequência e nas relações de forma e/ou significado por semelhanças de família existentes entre tais construções; (ii) a configuração morfossintática da construção relacional de mudança de estado; (iii) suas instâncias de uso; (iv) as diferenças semântico-pragmáticas entre as construções com ficar, tornar-se e virar.
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