ATITUDES, CRENÇAS E (AUTO)AVALIAÇÃO LINGUÍSTICA DE COMUNIDADES RURAIS DO 3º DISTRITO DE NOVA FRIBURGO
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Resumo
Este artigo é parte da tese que investigou, no âmbito da Sociolinguística, a variedade dialetal das comunidades rurais do 3º Distrito de Nova Friburgo, partindo da hipótese de que nela havia uma arquicomunidade de fala. Seu objetivo se concentra em compreender como os próprios falantes avaliam a sua variedade e como a veem frente a outra considerada de prestígio, levando em conta que o julgamento linguístico é carregado de valores simbólicos que contribuem para a valorização ou para a estigmatização de um grupo de falantes. Para tanto, foram realizadas 39 entrevistas com moradores, sendo 19 da faixa etária 1 (entre 35 e 50 anos) e 20 da faixa etária 2 (entre 14 e 18 anos); 20 mulheres e 19 homens. Os resultados demonstraram que a juventude domina mais de um código oral e tenta acioná-los de acordo com o contexto enunciativo. Isso aponta para duas conclusões: a geração mais nova, se não domina todas as regras da língua padrão, ao menos reconhece o ambiente em que sua variedade é aceita e conhece os mecanismos para adequar sua fala, mesmo que não consiga êxito em todas as suas realizações; e, se há problemas com a aceitabilidade dessa variedade é porque ela sofre preconceito. Assim, como provavelmente os mais velhos foram os que mais ficaram expostos a avaliação negativa de fala, eles reproduzem a estigmatização que sofreram, buscando concordância e complementaridade com seu interlocutor. Já os jovens utilizam, como estratégia contra o preconceito, sua capacidade de acomodação e convergência de fala.
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