RESENHA: BRUM, MARIO. Cidade Alta: História, memórias e estigma de favela num conjunto habitacional.

Autores

  • Wellington da Silva Conceição

DOI:

https://doi.org/10.12957/periferia.2013.15329

Resumo

Wellington da Silva Conceição

DOI: 10.12957/periferia.2013.15329
A favela é um tema pulsante no debate público da sociedade brasileira, especialmente no Rio de Janeiro. Sua presença marcante não é recente: desde os anos 30 do século passado começou a ser definida como o principal problema público dessa cidade, até aí capital do país. Desde então, várias alternativas foram pensadas para exterminar aquele espaço que representava, na cabeça dos governantes e das elites, o que de mais degradante existia nessa metrópole, tanto no que se refere aos seus habitantes quanto às suas formas de organizar o espaço. Diante de uma cidade que procurava se modernizar nos moldes das grandes capitais europeias, destruir as favelas – ou pelo menos, retirá-las das regiões mais nobres para que perdessem a visibilidade – passou a ser uma das principais preocupações do Estado brasileiro. Esse mesmo Estado tinha ainda interesse em inserir essa população como mão de obra barata – mas disciplinada – em seu projeto desenvolvimentista. Sendo assim, as políticas habitacionais destinadas a essa parcela da sociedade visavam, ao mesmo tempo, oferecer novas habitações aos despejados – distanciando-os fisicamente das classes mais abastadas – e inseri-los em um novo estilo de vida, mais adequado ao ideal de normatividade urbana e ao projeto político em vigor. A ida para novas habitações demandava mais do que uma mudança física: exigia uma transformação de atitudes e valores.

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Publicado

2015-02-26

Como Citar

da Silva Conceição, W. (2015). RESENHA: BRUM, MARIO. Cidade Alta: História, memórias e estigma de favela num conjunto habitacional. Periferia, 5(1), 147–155. https://doi.org/10.12957/periferia.2013.15329