INDEPENDÊNCIA DO BRASIL, OU O ANO DA BALEIA
DOI:
https://doi.org/10.12957/synthesis.2022.70871Palavras-chave:
caça à baleia, revolução, independência política, século XIX.Resumo
Informado em parte pelas ideias revolucionárias do Iluminismo europeu, o movimento de independência do Brasil no século XIX garantiu, com razão, um lugar nas recentes histórias intelectuais e sociais do Ocidente. A premissa deste artigo é que as práticas culturais do Brasil revolucionário são igualmente merecedoras da atenção dos estudiosos, inclusive pela forma como essas práticas informaram o início da experiência vivida de independência entre os moradores da colônia mais valorizada de Portugal. Pedra fundamental da sociedade e da economia brasileira nas décadas que antecederam a independência, a prática cultural da caça à baleia ainda não recebeu atenção sustentada no contexto do pensamento e dos comportamentos revolucionários que caracterizaram o Brasil na época anterior, durante e imediatamente após a país alcançou sua autonomia política formal. O artigo a seguir reexamina a prática cultural da caça à baleia justamente no contexto da conquista da independência do Brasil. Fornecendo um contrapeso nesta discussão estão os laços estreitos que se estabeleceram entre os colonos do final do século XVIII na América do Norte entre sua ruptura com a Coroa inglesa e o desenvolvimento de uma indústria baleeira doméstica. Pois enquanto a experiência dos americanos na caça às baleias reforçava seu impulso pela independência política, os brasileiros, em certa medida, compraram sua liberdade política durante grande parte do século XIX por meio de uma dependência crescente dos suprimentos de óleo de baleia importado.
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