Collective violence post-june 2013: lynching, looting and “quebra-quebras”

Authors

DOI:

https://doi.org/10.12957/synthesis.2023.83512

Keywords:

collective violence, June 2013, lynching, looting, quebra-quebras

Abstract

The article addresses dimensions related to the occurrences of collective violence in Brazil in post-June 2013 - notably the lynching, looting, and “quebra-quebras”. Bearing in mind the ruptures and continuities of this group of collective actions with previous moments, we argue that this is a central process in understanding the openings of June 2013. This violent repertoire will be analyzed based on a database of news published between 2010 and 2018 in the Folha de São Paulo newspaper about these collective actions and a dialogue with the bibliographic production on the theme. The analysis, therefore, aims to scrutinize a period of political rearticulation that is concomitant to the increase in conflict in the streets. As a result, we propose a contribution to the literature of innovations in social movements, because given their oscillating characteristics between resistance and reinforcement of capitalism, these practices reveal ambiguities and disputes in course in contemporary Brazil.

Author Biographies

Guilherme Figueredo Benzaquen, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

 Pós-doutorando em Sociologia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Doutor em Sociologia pelo PPGS/UFPE e Mestre em Sociologia pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP/UERJ). 

Simone da Silva Ribeiro Gomes, Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

Professora Adjunta da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Doutora em sociologia pelo IESP- UERJ, Mestre em Sociologia pela Université Paris 7- Denis Diderot e em Psicologia Social pela UERJ. 

References

ALONSO, Angela; MISCHE, Ann. Changing Repertoires and Partisan Ambivalence in the New Brazilian Protests. Bulletin of Latin American Research, v. 36, n. 2, p. 144-159, 2017.

ARANTES, Paulo Eduardo. O Novo Tempo do Mundo. Rio de Janeiro: Vozes, 2014.

ATOS de vandalismo no Leblon foram os piores desde o início dos protestos no Rio. Produzido por TV Brasil. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=hj5xV64URJ4>. Acesso em: 18 abr. 2019.

AUYERO, Javier. Routine politics and violence in Argentina: the gray zone of state power. Cambridge: Cambridge University Press, 2007.

AZENHA, Luiz. Os pela “democracia sem partido” atacam militantes de esquerda. Viomundo. 2013. Disponível em: <https://www.viomundo.com.br/politica/na-paulista-defensores-de-democracia-sem-partidos-atacam-militantes-de-esquerda-e-queimam-bandeiras-vermelhas.html>. Acesso em: 20 mar. 2020.

BENEVIDES, Maria Victória; FISCHER, Rosa Maria. Respostas populares e violência urbana: o caso de linchamento no brasil (1979-1982). In: PINHEIRO, Paulo Sérgio (Org.). Crime, Violência e Poder. São Paulo: Brasiliense, 1986.

BESSA, Silvia. Quem são os nossos Black Blocs. Diário de Pernambuco. 2013. Disponível em: <https://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2013/08/25/interna_vidaurbana,458095/quem-sao-os-nossos-black-blocs.shtml>. Acesso em: 20 mar. 2020.

BENZAQUEN, Guilherme. Os saques em Abreu e Lima na greve da Polícia Militar de Pernambuco em 2014. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.

BRINGEL, Breno. Movimentos e mobilizações no Brasil: agendas políticas e de pesquisa. Insight Inteligência, Rio de Janeiro, n. 62, p. 43-51, 2013.

BRINGEL, Breno; PLEYERS, Geoffrey. Junho de 2013… dois anos depois: polarização, impactos e reconfiguração do ativismo no Brasil. Nueva Sociedad, Buenos Aires, p. 4-17, 2015.

BRINGEL, Breno et al. As Jornadas de Junho em perspectiva global. Rio de Janeiro: IESP, 2013. Dossiê temático n. 1 – Núcleo de Estudos de Teoria Social e América Latina (NETSAL).

DEPUIS-DERI, Francis. Who’s Afraid of the Black Blocs? Anarchy in Action Around the World. Oakland: PM Press, 2014.

DINIZ, Ariosvaldo. Movimentos sociais no meio rural nordestino: a questão dos saques. Política e trabalho, João Pessoa, v. 5, 1986.

DEVENNEY, Mark. Property, propriety and democracy. Studies in Social Justice, v. 5, n. 2, 2011.

DEVENNEY, Mark. Towards an Improper Politics. Edinburgh: Edinburgh Press, 2020.

FONTANETTO, Renata M. B.; CAVALCANTI, Cecília C. B. A cidade em narrativas: jornalismos tradicional e cidadão durante as ‘Jornadas de Junho’ de 2013 no Brasil. Chasqui: Revista Latinoamericana de Comunicación, 131, 349–362, 2016.

G1. Protestos pelo país têm 1,25 milhão de pessoas, um morto e confrontos. 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/06/protestos-pelo-pais-tem-125-milhao-de-pessoas-um-morto-e-confrontos.html>. Acesso em: 20 mar. 2020.

GOHN, Maria da Gloria. Manifestações e protestos no Brasil: correntes e contracorrentes na atualidade. São Paulo: Cortez, 2017.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo 2010. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/abreu-e-lima>. Acesso em: 22 abr. 2019.

JUNIOR, Ailton. Linchamentos públicos no Brasil: uma expressão do racismo. 2018. Justificando. Disponível em: <http://www.justificando.com/2018/06/22/linchamentos-publicos-no-brasil-uma-expressao-do-racismo/>. Acesso em: 20 mar. 2020.

LOIZOS, Peter. Vídeo, filme e fotografias como documentos de pesquisa. In: BAUER, MARTIN W.; GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: Um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002.

LUDD, Ned (Org.). Urgência das ruas: Black Block, Reclaim the Streets e os Dias de Ação Global. São Paulo: Conrad, 2002.

MARTINS, José de Souza. Linchamento, o lado sombrio da mente conservadora. Tempo social, v. 8, n. 2, p. 11-26, 1996.

MARTINS, José de Souza. Linchamentos: a justiça popular no Brasil. São Paulo: Contexto, 2015.

MCADAM, Douglas. Initiator and Spin-Off Movements: Diffusion Process in Protest Cycles. In: TRAUGOTT, Mark (Ed.). Repertoires and Cycles of Collective Action. Durham: Duke University Press, 1995. p. 217-240.

MELO, Patrícia. Histórias que a mídia conta: o discurso sobre o crime violento e o trauma cultural do medo. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.

MENOR apreendido durante passeata pró-impeachment. Produzido por Dominique Biniou. 2015. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=PrYicGMkGIA>. Acesso em: 18 abr. 2019.

MERKLEN, Denis. De la violence politique en démocratie. Cités, n. 50, p. 57-73, 2012. MERKLEN, Denis. Bibliotecas en llamas: cuando las clases populares cuestionan la sociología y la política. Los Polvorines: Universidad Nacional de General Sarmiento, 2016.

MOISÉS, José Alvaro. Protesto urbano e política: o quebra-quebra de 1947. Cidade, povo e poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

MOISÉS, José Alvaro; MARTINEZ-ALIER, Verena. A revolta dos suburbanos ou 'patrão, o trem atrasou'. Contradições urbanas e movimentos sociais, v. 2, 1977.

NATAL, Ariadne Lima. 30 anos de linchamentos na região metropolitana de São Paulo – 1980-2009. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.

NEVES, Frederico de C. A multidão e a história: Saques e outras ações de massas no Ceará. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000.

ORTELLADO, Pablo; RYOKI, André. Estamos vencendo! Resistência global no Brasil. São Paulo: Conrad, 2004.

PASSOS, Rodrigo. Cenas de uma guerra civil. Folha de Pernambuco, Recife, p. 5, 15 maio 2014.

RIBAS, Cristina. Black prof: uma nova semiotização no ciclo de protestos no Brasil. Revita-Valise, Porto Alegre, v. 6, n. 12, dez. 2016.

SILVA, Camila Farias da; SILVA, Marcelo Kunrath. “Se a passagem não baixar, a cidade vai parar": transformações nas manifestações públicas de demandas relacionadas ao transporte coletivo na cidade de Porto Alegre, 1970-2013. Participação, conflitos e intervenções urbanas: contribuições à Habitat III”. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2016. p. 156-177.

SINGER, André. Brasil, junho de 2013, classes e ideologias cruzadas. Novos estudos - CEBRAP, São Paulo, n. 97, p. 23-40, nov. 2013.

SOLANO, Esther; MANSO, Bruno Paes; NOVAES, Willian. Mascarados: a verdadeira história dos adeptos da tática Black Bloc. Geração Editorial, 2014.

SOUZA, Claudio; RICHER, Rodger. “Alguma coisa está fora da ordem”: Participação, representação e movimentos sociais no Brasil contemporâneo (2013-2018). In GONZÁLEZ M.; CRUZ D. (Ed.), Democracia na América Latina: Democratização, tensões e aprendizados. CLACSO. 2018. p. 362-376.

SCHERER-WARREN, Ilse. Manifestações de rua no Brasil 2013: encontros e desencontros na política. Caderno CRH, v. 27, n. 71, 2014.

TATAGIBA, Luciana. 1984, 1992 e 2013. Sobre ciclos de protestos e democracia no Brasil. Política & Sociedade, v. 13, n. 28, p. 35-62, 2014.

TAVARES, Francisco; RORIZ, João; OLIVEIRA, Ian. As jornadas de maio em Goiânia: para além de uma visão sudestecêntrica do junho brasileiro em 2013. Opinião Pública, v. 22, p. 140-166, 2016.

TELES, Edson. A revolta da fome: notícias sobre o quebra-quebra de abril de 1983 e a fabricação do consenso político. Antropolítica: Revista Contemporânea de Antropologia, Niterói, v. 54, n. 2, 2022.

TILLY, C. From mobilization to revolution. Michigan: Newberry Award Records. 1977.

TILLY, Charles. The Politics of Collective Violence. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

VAINER, Carlos et al. Cidades rebeldes: passe livre e as manifestações que tomaram as ruas no Brasil. São Paulo: Boitempo: Carta Maior, 2014.

Published

2024-04-17

How to Cite

Figueredo Benzaquen, G., & da Silva Ribeiro Gomes, S. (2024). Collective violence post-june 2013: lynching, looting and “quebra-quebras”. (SYN)THESIS, 16(3). https://doi.org/10.12957/synthesis.2023.83512

Issue

Section

Dossiê Repensar Junho de 2013