A MULHER E A FAMÍLIA: AGENDAS PENTECOSTAIS NA DISPUTA PELA GRAMÁTICA DOS DIREITOS HUMANOS
DOI:
https://doi.org/10.12957/synthesis.2022.69311Keywords:
direitos humanos, gênero, políticas públicas, religião, Poder Executivo.Abstract
Antes de assumir o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro, Damares Alves ficou conhecida por um vídeo no qual narra sua experiência de conversão vivida no alto de uma goiabeira. Reconhecida como pastora pentecostal, Damares é a primeira-ministra desde a fundação do Ministério, ocorrida em 1998, a declarar sua religião e a associá-la a seu engajamento político. Em sua posse, ela afirmou que, se o Estado era laico, a partir de agora ele teria também uma ministra terrivelmente cristã. A ascensão de Damares como ministra pode ser entendida como um marco em meio a um processo que colocou parte do segmento evangélico pentecostal na disputa pela gramática dos Direitos Humanos no país. Este artigo pretende analisar alguns sentidos dos direitos humanos no Estado Brasileiro, com foco no Poder Executivo. O objetivo central do artigo é analisar como sujeitos religiosos nas secretarias e comissões centrais traduzem a religião em políticas públicas e buscam o reconhecimento público de suas práticas como humanitárias. O artigo enfoca, portanto, o papel de sujeitos religiosos na composição de cargos na Secretaria da Família e na Secretaria da Mulher entre os anos de 2019 e 2021.
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