ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE AS FORMAS DE CONHECER A FOME A PARTIR DA TRAJETÓRIA SOCIAL DO PROGRAMA FOME ZERO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/synthesis.2023.75896

Palavras-chave:

Fome Zero, fome, políticas públicas, desnutrição, segurança alimentar.

Resumo

“Podemos falar que a insegurança alimentar grave é um pleonasmo para fome?” Essa pergunta é ponto de partida para a construção deste artigo, que busca desenvolver uma análise dos processos de estabilização da categoria de fome ao longo de sua consolidação e instituição enquanto objeto de políticas públicas. Ao ter como lugar de atenção alguns espaços, técnicas e eventos de produção de saber sobre a fome, isto é, espaços em que ela é estabilizada e (trans)formada ao longo da trajetória social do Programa Fome Zero, busco trazer à tona os seguintes questionamentos: o que estamos medindo quando dizemos que medimos a fome ou a insegurança alimentar? Questionar o caráter dito “técnico” na produção desses objetos, desvelar os fatos como feitos, é suficiente para a compreensão de fenômenos mais amplos ligados à governamentalidade? Como essa produção é coordenada na prática das políticas públicas? Para responder a tais questionamentos, tento articular certo recorte da produção bibliográfica antropológica sobre fome com um agrupamento de documentos, práticas e eventos associados à criação e instituição dessa política pública guarda-chuva.  

Biografia do Autor

Lis Furlani Blanco, Universidade Estadual de Campinas/Doutoranda em Antropologia Social

Doutoranda em Antropologia Social na Universidade Estadual de Campinas.

Professor assistente temporária na Universidade Federal de Goiás

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Publicado

2023-06-12

Como Citar

Blanco, L. F. (2023). ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE AS FORMAS DE CONHECER A FOME A PARTIR DA TRAJETÓRIA SOCIAL DO PROGRAMA FOME ZERO. (SYN)THESIS, 16(1), 15–33. https://doi.org/10.12957/synthesis.2023.75896

Edição

Seção

Dossiê Comida, Diferença e Desigualdade