Protocolo de tratamento da sepse grave - HUPE contra a sepse
DOI:
https://doi.org/10.12957/rhupe.2013.7526Abstract
Em abril de 2012 o Ministério da Saúde brasileiro deu início ao projeto intitulado “Brasil contra a Sepse”. Em agosto do mesmo ano foi constituída a equipe multiprofissional para a condução do projeto no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE). Em setembro essa equipe iniciou a atualização de profissionais do staff do hospital, de residentes de medicina e enfermagem, e de alunos de graduação em medicina, visando a adesão ao protocolo de tratamento, que tem como objetivo a redução da mortalidade dos pacientes com sepse grave. O protocolo de tratamento consiste na execução do chamado pacote de seis horas da campanha de sobrevivência da sepse. Inclui: rápida identificação da sepse grave; coleta de exames laboratoriais, incluindo lactato arterial e hemoculturas, além de hemograma completo, glicose, ureia, creatinina, bilirrubina total, TAP e PTTa; iniciar antibioticoterapia na primeira hora após o diagnóstico; para os pacientes hipotensos com sinais de má-perfusão tecidual, incluindo lactato maior que 4 mmol/l, expansão da volemia com reposição de solução salina a 0,9%, 30 ml/kg em 1 hora e avaliação da necessidade de aminas simpaticomiméticas, visando às seguintes metas hemodinâmicas: pressão venosa central entre 8 e 12 mmHg, pressão arterial média maior ou igual a 65 mmHg, saturação venosa central de oxigênio maior que 70%, clareamento do lactato maior que 10% em seis horas e diurese maior que 0,5 ml/kg/h. Para que essas metas sejam atingidas foram providenciados: formulário de diagnóstico e conduta inicial do paciente com sepse grave; formulário de solicitação de bandeja com material para punção venosa profunda, medida de pressão venosa central e coleta de hemoculturas; fluxograma para a rápida obtenção da primeira dose de antibiótico; fluxograma para a rápida obtenção do resultado dos primeiros exames laboratoriais; agilização da liberação do resultado das culturas.
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2013;12(3):15-20
doi:10.12957/rhupe.2013.7526