Idosismo: interseccionalidades de classe, gênero/sexualidade e raça/etnia

Resumo

A literatura sobre envelhecimento não apresenta uma visão uniformizante sobre a imagem social da velhice. Nas sociedades modernas, com o advento do modo de produção capitalista, a pessoa idosa tem uma imagem social conectada ao não produtivo e obsoleto, provocando desvalorização, preconceitos e estereótipos, como o idosismo. O objetivo deste artigo é problematizar esses universalismos. Assim, a partir dos imbricamentos de classe social, gênero/sexualidade e raça/etnia apontar as maiores incidências de desigualdades do idosismo, ou seja, verificar se os cruzamentos desses demarcadores podem intensificar os preconceitos já existentes no seio social. Este estudo se originou de uma pesquisa teórica, de base bibliográfica, com metodologia qualitativa e escolha intencional da literatura para atender ao objetivo levantado. Conclui-se que a luta de classes, cor da pele, etnia, sexualidade e idade têm implicações no modo de vivenciar e sofrer o idosismo, inclusive, intensificando processos de exclusão, opressão e desigualdades sociais.