Experiences of Portuguese Women in the Precariat: Between Frustration and the Lack of Meaning in the Future
DOI:
https://doi.org/10.12957/rep.2023.78950Resumo
How does the growing precariousness in employment and labor relations impact the construction of subjectivities and the personal and professional narratives of Portuguese working women? This research focuses on one of the distinctive aspects of this “class” – the precariat, which refers to highly educated young adults with jobs below these qualifications –, with the relations of production. More specifically, it focuses on women who believed that higher education would allow them to have a safe career/work trajectory. We conducted interviews with highly educated young women and adult women with precarious jobs, who perform functions below their academic qualifications. The collected data were analyzed using qualitative content analysis techniques, with the aid of the software Atlas/TI. The results show how precariousness means not only the uncertainty of salaried work but also, and above all, uncertainty as a way of life, of forms of subjection, and of bodies. This uncertainty extends to the whole sphere of life, producing subjectivities marked by anxiety, stress, pain, vulnerability, frustration, and hopelessness concerning the future.
Keywords: precariat; precariousness; women; governmentality; subjectivities.
Resumo — Como a crescente precariedade no emprego e nas relações de trabalho tem impacto na construção de subjetividades e nas narrativas pessoais e profissionais das mulheres portuguesas trabalhadoras? A investigação centra-se num dos aspectos distintivos desta “classe” - o precariado, que se refere aos jovens adultos com alta qualificação e trabalhos aquém desta -, com as relações de produção, especificamente no caso das mulheres que acreditavam que o ensino superior lhes permitiria ter uma carreira/trajetória segura de trabalho. Realizamos entrevistas com mulheres altamente qualificadas que estão em trabalhos precários, em que desempenham funções abaixo de suas qualificações acadêmicas. Os dados coletados foram analisados com técnicas de análise de conteúdo qualitativa, com auxílio do software Atlas/TI. Os resultados mostram como a precariedade não significa apenas a incerteza do trabalho assalariado, mas também e, sobretudo, a incerteza como modo de viver, dos modos de subjetivação e dos corpos. Incerteza que se estende à toda a esfera da vida, produzindo subjetividades marcadas por ansiedade, estresse, dor, vulnerabilidade, frustração e desesperança em relação ao futuro.
Palavras-chave: precariado; precariedade; mulheres; governamentalidade; subjetividades.
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