Ciência e ancestralidade na Colômbia: racismo epistêmico sob o disfarce de cientificismo
DOI:
https://doi.org/10.12957/rep.2020.52012Resumo
Nos últimos anos, a participação de povos indígenas e afrodescendentes no ensino superior e em instituições científicas tornou-se uma questão relevante nas universidades da América Latina. Na Colômbia, a polêmica em torno de Mabel Torres -a primeira-ministra negra de Ciência e Tecnologia da história do país - não pode ser analisada criticamente sem relacioná-la a essas discussões.
Este artigo torna visível a maneira como o racismo estrutural e epistêmico está presente nesta polêmica; mostra como a demanda por conhecimento comunitário, popular ou ancestral aparece aqui como uma barreira para que povos indígenas e afrodescendentes possam acessar, representar e gerenciar espaços de liderança científica. Também argumenta que o embranquecimento aparece como uma condição para assumir a representação em espaços em que se supõe que a negritude não existe. Concluímos que, mais além do dilema epistêmico entre ciência ou ancestralidade, o olhar de uma ciência em diálogo com o conhecimento ancestral de comunidades negras e indígenas, fundamental para o desenvolvimento de territórios negros, na Colômbia, parece estar desaparecendo.
Palavras chave: racismo epistêmico, ciência e ancestralidade, afro-colombianos/as, racismo estrutural
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