Família, conservadorismo e políticas sociais no Brasil: questões para reflexão

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DOI:

https://doi.org/10.12957/rep.2019.45219

Resumo

Neste artigo visamos discutir o familismo nas políticas sociais brasileiras na cena contemporânea. A partir de uma revisão bibliográfica, apresentamos, inicialmente, aspectos da formação sócio-histórica brasileira e suas implicações na configuração da família. Para isso, discutimos as principais características de nossa formação: conservadora, patriarcal, paternalista e patrimonialista. Em seguida, analisamos como o familismo, presente no campo das políticas sociais no Brasil, ao mesmo tempo em que, de um lado, se respalda em um discurso de acesso aos direitos, de outro, reforça a sobrecarga das famílias, sobretudo das mulheres, que são responsabilizadas socialmente pelas tarefas domésticas e pelo cuidado com os membros da família. Concluimos ressaltando a necessidade de a sociedade humana avançar na defesa e na busca de valores emancipatórios, por meio da construção de uma nova sociedade. Nesse sentido, precisamos problematizar o familismo nas políticas sociais, desmistificando os limites intrínsecos de uma análise que a desconecta da genericidade humana.

 

Palavras-Chave: família; políticas sociais; formação sócio-histórica brasileira; conservadorismo.

Biografia do Autor

Ilka de Lima Souza, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Assistente Social, doutora em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Docente do Departamento de Serviço Social da UFRN.

Rita de Lourdes de Lima, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Assistente Social, doutora em Serviço Social Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Docente do Programa de Pós-graduação em Serviço Social da UFRN.

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Publicado

18-10-2019

Como Citar

Souza, I. de L., & de Lima, R. de L. (2019). Família, conservadorismo e políticas sociais no Brasil: questões para reflexão. Revista Em Pauta: Teoria Social E Realidade contemporânea, 17(44). https://doi.org/10.12957/rep.2019.45219