Pesca Artesanal: expropriações contemporâneas e reprodução do arcaico pelo capital

Autores

  • Maria Fernanda Escurra UERJ FIOCRUZ

DOI:

https://doi.org/10.12957/rep.2013.10163

Resumo

O presente artigo analisa a pesca artesanal partindo da constatação de que o aumento da produção pesqueira capitalista das últimas décadas traz como resultado o grande desenvolvimento das forças produtivas, mas reproduz a existência de pescadores artesanais inseridos na pequena produção mercantil. A distribuição das formas de organização social da produção da pesca no espaço litorâneo brasileiro é regulada pelo avanço do capital na pesca, enquanto setor particular da divisão social da produção. O desenvolvimento da pesca capitalista, as diretrizes políticas e econômicas para o setor, a sobrepesca, a poluição, a degradação ambiental, a especulação imobiliária e privatização de praias afetam a pesca artesanal de forma direta, não sendo possível pensar na sua existência do lado de fora do capital. Esses aspectos são problematizados a partir da análise marxiana do processo de expropriações e da forma como autores marxistas contemporâneos compreendem as expropriações e seu papel na dinâmica capitalista.

 

Palavras-chave: pesca artesanal; desenvolvimento da pesca; expropriações; capital.

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Publicado

31-03-2014

Como Citar

Escurra, M. F. (2014). Pesca Artesanal: expropriações contemporâneas e reprodução do arcaico pelo capital. Revista Em Pauta: Teoria Social E Realidade contemporânea, 11(32). https://doi.org/10.12957/rep.2013.10163

Edição

Seção

Trabalho, Saúde e Ambiente