Para uma política dos “meios puros”: Walter Benjamin e a questão da violência / Towards a politics of “pure means”: Walter Benjamin and the question of Violence
Palabras clave:
Direito, Meios Puros, Walter Benjamin / Law, Pure Means, Walter Benjamin.Resumen
DOI: 10.1590/2179-8966/2020/53002
Resumo
Discutindo os conceitos de Benjamin de meios puros e violência divina, este artigo levanta a questão de como podemos pensar em um domínio de política revolucionária fora e além do direito – uma esfera de justiça e de violência não legal. Para Benjamin, estava claro que havia algo de fundamentalmente “podre no direito” – seja este o direito da monarquia, da democracia ocidental ou de regimes autocráticos. A violência inerente ao direito contradiz-se a si mesma, uma vez que a aplicação do direito – por exemplo, pela polícia – sempre borra a linha entre a violência mantenedora e integradora do direito. Por outro lado, a maioria das tentativas de romper o direito e seus poderes de sustentação conduz ao estabelecimento de um novo direito. Contra a ciclo “mítico” da violência/poder (“Gewalt”) de instauração e preservação do direito, Benjamin busca uma violência não-violenta, pura, que possa interromper a aplicação do direito à vida. Esse artigo argumenta que a leitura de Werner Hamacher do ensaio de Benjamin como aformativo oferece uma possível estrutura para compreender a noção paradoxal de Benjamin de “meios puros”.
Palavras-chave:
Abstract
Discussing Benjamin’s concepts of pure means and divine violence, this article poses the question of how we can think of a realm of revolutionary politics outside and beyond of the law – a sphere of justice and non-legal violence. For Benjamin, it was clear that there was something fundamentally “rotten in the law” – be it the law of monarchy, western democracy or autocratic regimes. The violence inherent to the law contradicts itself since law enforcement – e.g. the police – always blurs the line between law-preserving and law-making violence. Conversely, most attempts to break the law and its supporting powers lead to the establishment of a new law. Against the “mythic” cycle of law-making and law-preserving violence/power (“Gewalt”) Benjamin searches for a nonviolent, pure violence that could interrupt the application of law to life. This article argues that Werner Hamacher’s reading of Benjamin’s essay as “afformative” provides a possible structure to understand Benjamin’s paradoxical notion of “pure means”.
Keywords: Law; Pure Means; Walter Benjamin.
Descargas
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los textos son de exclusiva responsabilidad de sus autores.
Se permite la reproducción total o parcial de los artículos de la Revista Derecho y Práxis, siempre que citada la fuente.
Este trabajo está licenciado bajo una Licencia Creative Commons 4.0, Asignación-Sin Derivaciones.
Esta licencia permite copiar y redistribuir el material en cualquier soporte o formato para cualquier fin, aunque sea comercial, desde que citada la autoría original.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.