“Se for pra cair, nós cai pintando vitrine”

tensões de poder e resistência entre grafiteiros e pixadores com a polícia militar em Antares

Autores/as

Palabras clave:

Controle Social, Criminalização, Graffiti, Marginalização, Pixação

Resumen

https://doi.org/10.1590/2179-8966/2025/88110

O presente trabalho tem como objetivo compreender, a partir de uma abordagem crítica e interdisciplinar, a percepção de grafiteiros e pixadores sobre os tensionamentos de poder e resistência com a polícia militar nos processos de marginalização e criminalização das intervenções urbanas na cidade de “Antares”, nome fictício escolhido para não identificar o local da pesquisa de modo a evitar a exposição dos entrevistados. Para tanto, em um primeiro momento foi identificada a representação do graffiti e da pixação para a cultura das cidades; em seguida, foram analisadas as estruturas de poder no âmbito cultural a partir da base teórica de Pierre Bourdieu e Loïc Wacquant; após foi realizado um diálogo entre a criminologia crítica e a criminologia cultural para acolher momentos objetivos e subjetivos de análise da marginalização e a criminalização das intervenções urbanas na periferia do capitalismo, bem como foram compostos estudos empíricos com grafiteiros e pixadores para dimensionar os tensionamentos de poder e de resistência com a polícia militar na cidade de Antares. A fim de possibilitar a compreensão dessas relações, foram realizadas 10 (dez) entrevistas semiestruturadas com interventores urbanos da cidade. O desenho metodológico foi feito com base no método qualitativo de caráter indutivo e com base na Teoria Fundamentada nos Dados (TFD), pois as categorias de análise partiram dos dados coletados no campo das entrevistas. A partir do estudo, constatou-se que antes de repensar o dispositivo que criminaliza as intervenções urbanas, é necessário dar atenção às relações truculentas do Estado com grafiteiros e pixadores na cidade. 

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Biografía del autor/a

Leticia Blank Netto, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutoranda e Mestra em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Bolsista CAPES. Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito de Santa Maria (FADISMA). Membra do Núcleo de Estudos em Sociologia do Direito (UFSC), do Instituto Memória e Direitos Humanos (UFSC) e do Centro de Mediação e Práticas Restaurativas (FADISMA). 

Luana Renostro Heinen, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Professora dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Direito da UFSC. Coordenadora do SOCIODIR – Núcleo de Estudos em Sociologia e Direito e do LITERAR – Grupo de Estudos de Direito e Literatura. Membra do Instituto de Memória e Direitos Humanos (IMDH/UFSC). Secretária de Aperfeiçoamento Institucional da UFSC (2022-).

Publicado

2025-06-04

Cómo citar

Blank Netto, L., & Renostro Heinen, L. (2025). “Se for pra cair, nós cai pintando vitrine”: tensões de poder e resistência entre grafiteiros e pixadores com a polícia militar em Antares. Direito E Práxis, 16(2), 1–35. Recuperado a partir de https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistaceaju/article/view/88110