Poder Constituinte versus Autonomia do Político
duas aporias simétricas da política
Palavras-chave:
Antonio Negri, Autonomia do Político, Operaísmo Italiano, Poder ConstituinteResumo
https://doi.org/10.1590/2179-8966/2025/93172
O ensaio revisita a trajetória do operaísmo italiano, examinando as tensões entre o conceito de autonomia do político (Mario Tronti) e o de poder constituinte (Antonio Negri). A análise mostra como ambas as correntes, apesar de suas diferenças, chegaram a impasses simétricos: Tronti, ao permanecer no Partido Comunista Italiano, não conseguiu transformar sua estrutura interna; Negri, ao apostar na autonomia radical e no poder constituinte das massas, viu-se diante do fracasso político e do desfecho repressivo das lutas dos anos 1970. O autor destaca as limitações compartilhadas por essas abordagens, como o desprezo pela subjetividade e pela democracia institucional, o desinteresse pela globalização e pela ecologia, e a dificuldade em traduzir a potência insurgente em efetiva transformação constitucional. A reflexão finaliza apontando a necessidade de repensar a articulação entre movimentos sociais e formas institucionais, para que a política possa efetivamente operar mudanças estruturais
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Felipe Fortes (Tradutor/a); Yann Moulier-Boutang (Autor/a)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os textos são de exclusiva responsabilidade de seus autores.
É permitida a reprodução total ou parcial dos artigos da Revista Direito e Práxis, desde que citada a fonte.
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons 4.0, Atribuição-Sem Derivações.
Esta licença permite copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou format para qualquer fim, mesmo que comercial, desde de que citada a autoria original.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.