O processo diagnóstico das psicopatas do Hospital Nacional de Alienados: entre a fisiologia e os maus costumes (1903-1930)

Autores/as

  • Cristiana Facchinetti Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ
  • Priscila Céspede Cupello Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2011.8390

Palabras clave:

História da psiquiatria, Brasil, Gênero, Loucura

Resumen

Este trabalho é parte de um projeto de pesquisa em andamento que investiga a construção das categorias de normalidade e anormalidade para mulheres nas práticas discursivas de psiquiatras e eugenistas brasileiros, entre 1903 e 1930. Este artigo discute a paulatina substituição do diagnóstico de histeria pelo de psicose maníaco-depressiva dos prontuários de mulheres do principal hospital psiquiátrico do (antigo) Distrito Federal. Tal mudança aponta a hegemonia das teorias organicistas alemãs entre as décadas de 1920 e 1930. Demonstra-se então que a mudança nosográfica não promoveu diferença efetiva quer na interpretação, quer na consequente conduta médica frente aos comportamentos considerados, à época, socialmente desviantes. Para a análise, utilizam-se artigos médicos publicados em revistas especializadas e em jornais de grande circulação na cidade do Rio de Janeiro, além de casos clínicos retirados dos Livros de Observações Clínicas do Pavilhão de Observações do Hospital Nacional.

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Publicado

2011-08-01

Cómo citar

Facchinetti, C., & Cupello, P. C. (2011). O processo diagnóstico das psicopatas do Hospital Nacional de Alienados: entre a fisiologia e os maus costumes (1903-1930). Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 11(2), 697–718. https://doi.org/10.12957/epp.2011.8390