Relato de Experiência: Psicodrama, Educação e Cárcere - Encruzilhadas Emergentes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2024.83530

Palavras-chave:

teatro espontâneo, protagonismo, psicoterapia de grupo, sistema penitenciário, psicodrama

Resumo

Este artigo parte da descrição de um projeto nomeado "Teatro Terapêutico" realizado em uma unidade penitenciária de regime fechado, com o intuito de promover a interlocução do psicodrama, da psicologia social e da pedagogia do oprimido na atuação clínica. Durante as doze sessões de psicoterapia grupal realizadas com vinte e três participantes, foram utilizados recursos artísticos como poesia, desenho, dança e artes cênicas, especialmente na modalidade de teatro espontâneo, a fim de promover a formação de uma identidade grupal e facilitar a expressão dos envolvidos. Foi valorizada uma atuação horizontal e que considera o protagonismo do sujeito em seu próprio processo terapêutico e existencial. Apesar dos desafios enfrentados no contexto do cárcere, observaram-se alcances no alívio do sofrimento psíquico e no desenvolvimento psicossocial dos participantes. O texto tem como objetivo apresentar uma clínica grupal que viabilizou a participação ativa e coletiva dos integrantes do grupo, promoveu encontros entre as subjetividades e estimulou a reflexão crítica sobre questões sociais e raciais que atravessam o contexto do cárcere. Além disso, compreende o cuidado com a saúde mental como ato político na construção de novas trajetórias na esfera coletiva e individual.

Downloads

Publicado

18-12-2024

Como Citar

Afonso de Oliveira, P., & Martin, M. A. F. (2024). Relato de Experiência: Psicodrama, Educação e Cárcere - Encruzilhadas Emergentes. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 24. https://doi.org/10.12957/epp.2024.83530

Edição

Seção

Dossiê Práticas Psi em espaços de privação e restrição de liberdade