A dor e a delícia de ser (estar) professora: trabalho docente e saúde mental

Autores

  • Mary Yale Rodrigues Neves Universidade Federal da Paraíba
  • Edith Seligmann Silva Fundação Getúlio Vargas

Palavras-chave:

Trabalho docente, Gênero, Saúde, Sofrimento, Prazer

Resumo

Este artigo trata das vivências de sofrimento psíquico e prazer das professoras da primeira fase do ensino fundamental do Município de João Pessoa-PB. A análise do trabalho docente aponta para a presença significativa de mal-estar vivenciado pelas professoras e evidenciado por sinais generalizados de sofrimento, sufocamento, estresse, esgotamento, ansiedade, depressão e fadiga no trabalho. A investigação realizada levantou determinados fatores que, na maioria dos casos, potencializam o sofrimento das professoras: as relações hierárquicas, a longa e exaustiva jornada de trabalho, a dificuldade de operar o controle-de-turma, o crescente rebaixamento salarial e, principalmente, a progressiva desqualificação e o não reconhecimento social de seu trabalho. A maior fonte de prazer diz respeito à relação que essas professoras têm com seus alunos. Identificaram-se também algumas formas pelas quais elas conseguem enfrentar as dificuldades presentes em seu cotidiano de trabalho, tornando-o, em muitos casos, psiquicamente estruturante.

Downloads

Publicado

01-06-2006

Como Citar

Neves, M. Y. R., & Silva, E. S. (2006). A dor e a delícia de ser (estar) professora: trabalho docente e saúde mental. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 6(1), 63–75. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/revispsi/article/view/11082

Edição

Seção

Temática: Trabalho Docente