A CIÊNCIA COMO FORÇA PRODUTIVA E A CRISE DO CAPITAL
DOI:
https://doi.org/10.12957/rdciv.2020.54749Resumo
Neste artigo, parte do terceiro capítulo da minha dissertação de mestrado, realizada sob orientação dos professores Theotonio dos Santos e Aluisio Bevilaqua discuto como, subsumida às relações capitalistas, a ciência se torna cativa do processo de valorização de capital. As implicações desse processo não se resumem à sua mercantilização na medida em que a produção científica vai além das esferas de busca e reprodução de conhecimento, mas diz respeito à reprodução da sociedade em geral. A ciência e educação não são apenas mercadorias, mas força produtivas e parte constitutiva da força de trabalho, respectivamente. Ambas ganham centralidade nesta nova fase da revolução industrial, disparada a partir da aplicação da inteligência artificial na automação da produção. À medida que o trabalho científico se torna a principal força produtiva social, incide a crise da erosão do tempo de trabalho como paradigma de mensuração de valor.
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