A fragmentação da revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDUA) de Porto Alegre e as resistências locais
DOI:
https://doi.org/10.12957/rdc.2024.78073Palavras-chave:
Plano diretor, Estatuto da Cidade, Planejamento Urbano, Porto Alegre, Direito à cidadeResumo
O artigo toma a cidade de Porto Alegre como estudo de caso, e apresenta o resultado de uma pesquisa sobre a revisão do PDDUA - Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental. Essa revisão foi marcada por incidentes merecedores de atenção e que revelaram uma conexão entre o ocorrido nacionalmente na política urbana brasileira no último período e o processo local. Adotando o método dialético de análise, a investigação procurou desvendar em que medida o caso de Porto Alegre exemplifica o embate que se observa nacionalmente entre a inflexão ultraliberal da política urbana e o paradigma do direito à cidade, bem como identificar indicadores locais dessa disputa. Foram analisados o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental e os projetos de lei relacionados à revisão do regime urbanístico das regiões do Arado Velho no sul da cidade, do Centro Histórico e do 4º Distrito. Como resultados, identificou-se que a revisão do plano diretor de Porto Alegre teve problemas formais e que, além da fragmentação territorial, violou diretrizes da política urbana do Estatuto da Cidade. A análise do caso de Porto Alegre demonstra que a inflexão ultraliberal da política urbana impôs derrotas nacionais e, ainda que enfrentando resistências locais significativas, busca impor retrocessos locais para o planejamento urbano voltado à efetivação do direito à cidade.
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