Os Smart Contracts como instrumentos de gestão positiva e Negativa dos riscos contratuais
DOI:
https://doi.org/10.12957/rqi.2024.89365Palavras-chave:
Smart contracts, autoexecutoriedade, gestão da álea normal, gestão positiva de riscos contratuais, gestão negativa de riscos contratuaisResumo
Os smart contracts se desenvolvem na sociedade contemporânea em contexto de globalização e desenvolvimento tecnológico, em que riscos negociais se complexificam. O traço distintivo dessa modalidade de contratação é o fato de o negócio jurídico ser perfectibilizado por meio de protocolos computacionais, e não por meio da linguagem jurídica. Apesar dessa distinção, os contratos inteligentes são tecnicamente contratos, de modo que, do ponto de vista estrutural, se sujeitam aos requisitos de existência, validade e eficácia dos negócios jurídicos bilaterais. Além disso, os smart contracts podem consubstanciar negócio típico ou atípico e podem ser celebrados por adesão ou mediante negociação de seus termos. Do ponto de vista funcional, os smart contracts despontam como relevante instrumento de gestão dos riscos contratuais, notadamente em razão de sua autoexecutoriedade. Essa característica decorre da linguagem computacional em que inseridos os contratos, pautados na linguagem “if this then that”, que permite que as consequências estipuladas na programação sejam automaticamente deflagradas com a verificação do suporte fático correspondente. Nesse contexto, as partes podem realizar, por meio de smart contracts, tanto a gestão positiva da álea normal, concretizada por meio da aposição de cláusulas expressas no contrato, quanto a gestão negativa, por meio da celebração de contrato incompleto.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos autorais patrimoniais dos artigos publicados pertencem à Revista Quaestio Iuris. A reprodução total dos artigos desta revista em outras publicações, ou para qualquer outra utilidade, é permitida a todos, para que distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do trabalho aqui publicado, mesmo para fins comerciais, desde que atribuam o devido crédito pela criação original ao autor e o crédito à Revista Quaestio Iuris pela primeira publicação do trabalho. A Revista Quaestio Iuris obedece aos termos da licença Creative Commons de Atribuição 4.0 Internacional CC-BY (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0), em consonância com a legislação autoral brasileira, Lei 9.610/1998.
The patrimonial copyrights of the published articles belong to the Quaestio Iuris Law Review. The total reproduction of the articles of this review in other publications, or for any other use, is allowed to all, to distribute, remix, adapt and create from the work published here, even for commercial purposes, as long as they give due credit for the original creation to the author and credit to Quaestio Iuris Lae Review for the first publication of the work. The Quaestio Iuris Law Review complies with the terms of the Creative Commons Attribution 4.0 International CC-BY license (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0), in accordance with brazilian copyright law, Law 9.610/1998.