Novas tendências antipolíticas: produzir, controlar, eliminar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/rqi.2021.62964

Palavras-chave:

Tecnopolítica, Biopolítica, Antipolítica, Foucault, Arendt.

Resumo

Partindo da análise realizada por Michel Foucault sobre a biopolítica, especialmente nos cursos Em defesa da sociedade (1976) e O nascimento da biopolítica (1979), este artigo pretende realizar um diagnóstico da tecnopolítica, termo que empregamos para nos referir ao modo como o poder funciona contemporaneamente, procurando destacar a importância das novas tecnologias da informação e da comunicação. Defendemos que esse novo regime de poder tem uma dimensão positiva e outra negativa, que estão articuladas entre si. Argumentamos ainda, baseados em Hannah Arendt, que esses dois movimentos possuem uma natureza antipolítica, uma vez que comprometem a capacidade humana de entendimento e de ação em conjunto. Podemos resumir a tese central deste artigo na ideia de que a política morre ou é enfraquecida nos dois fronts da tecnopolítica contemporânea, positivo ou negativo: seja porque os espaços de deliberação são afetados pelo novo ideal tecnocrático e pela gestão da vida, seja porque um novo sonho autoritário reascende o ódio em relação ao “outro” e o desejo de separação e eliminação dos indesejáveis.

Biografia do Autor

Marco Antônio Sousa Alves, Universidade Federal de Minas Gerais

Professor Adjunto de Teoria e Filosofia do Direito da Faculdade de Direito da UFMG.

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Publicado

2021-12-11

Como Citar

Alves, M. A. S. (2021). Novas tendências antipolíticas: produzir, controlar, eliminar. REVISTA QUAESTIO IURIS, 14(04), 1744–1763. https://doi.org/10.12957/rqi.2021.62964