BNCC COMO DISCURSO DE PADRONIZAÇÃO DE IDENTIDADES
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2022.63721Palavras-chave:
políticas de currículo, normatividade, identidades.Resumo
Este texto apresenta leituras e discussões realizadas no grupo de pesquisa Núcleo de Estudos em Currículo, Cultura e Subjetividades da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Problematizamos a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como produtora de padrões identitários. Tal visão prevê uma identidade fixa e apresenta uma única base para atender as demandas em vários contextos educacionais. Para Ernesto Laclau (2011), as identidades são múltiplas e se constituem em resposta à distintas demandas. Lopes (2015), defende uma política de currículo sem fundamentos. Assim, o objetivo deste trabalho centraliza-se em pensar a BNCC como uma política de currículo que se insere num campo de normatização e apresenta um discurso que tende a controlar identidades, sem levar em consideração as produções subjetivas contextuais. Ademais, busca-se problematizar seus fundamentos, salientando outras possibilidades de pensar esse documento. Para tal, utilizamo-nos de uma abordagem qualitativa de investigação, tendo como base a pesquisa bibliográfica, bem como a análise documental. Este texto fundamenta-se na Teoria do Discurso de Ernesto Laclau, que ajuda a problematizar questões normativas e identidades apresentadas como fixas. Nesse sentido, concluímos argumentando que a política de currículo se constitui através do antagonismo. Qualquer tentativa de consenso é sempre contingente, porque busca dominar o campo da discursividade em um terreno marcado pela tradução contínua. Assim, ponderamos que a BNCC tende a negar o caráter instável das identificações, das possibilidades de vir a pensar sujeito nos distintos contextos que produzem a política de currículo.
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