OS MEMES E O GOLPE

Autores

  • Leonardo Nolasco-Silva Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Maria da Conceição Silva Soares Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Vittorio Lo Bianco Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do RJ - CECIERJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/periferia.2019.37034

Palavras-chave:

Memes, Autoria, Impeachment, Cibercultura

Resumo

O artigo sugere pensar os memes como discursos abertos e colaborativos, capazes de participar da narração da nossa história comum, sublinhando sua potência na criação do pensamento. Memes são discursos (imagens, vídeos, músicas e outras formas de comunicação) que viralizam na internet e despertam o desejo de atualização. Diferente do viral que se assenta basicamente no compartilhamento, o meme demanda ser modificado para se inserir em cada novo ato de compartilhar. Um meme é, pois, um discurso que se adequa aos contextos mais variados, exigindo de quem o compartilha um trabalho de atualização e ressignificação. O texto apresenta aspectos positivos e negativos da memética e aponta para o papel ativo dos usuários na manipulação da linguagem em tela. Reflete sobre a viabilidade de intercâmbios semânticos entre os memes e o fazer científico, indicando que, apesar da aparência de repetição os memes produzem diferença. Reconhece os memes como disparadores de práticas formativas e, para tanto, apresenta como recorte de pesquisa a produção de memes no bojo do golpe de 2016, no Brasil.

Biografia do Autor

Leonardo Nolasco-Silva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professor adjunto da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Maria da Conceição Silva Soares, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora Adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, na Faculdade de Educação e no Programa de Pós-Graduação em Educação - PROPED. Graduada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1978) e em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985). Doutora (2008) e Mestre (2003) em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo. Pós-doutora em Educação e Imagem na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Pesquisadora do Laboratório Educação e Imagem. É Procientista (UERJ) e Jovem Cientista Nosso Estado (FAPERJ). Atuou como consultora da Secretaria de Educação do Estado do Espírito Santo, como especialista em Sociologia na reformulação dos currículos do Ensino Médio. Tem interesse principalmente pelos seguintes temas: cotidianos, currículos, narrativas audiovisuais, subjetividades, gênero, sexualdade e diferença. É líder do Grupo de Pesquisa CNPq Curriculos, Narrativas Audiovisuais e Diferença.

Vittorio Lo Bianco, Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do RJ - CECIERJ

É servidor público estadual, Técnico em Ensino a Distância e Divulgação Científica na Fundação CECIERJ. Bacharel em Relações Internacionais pela PUC-Rio, Mestre em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento pelo Instituto de Economia da UFRJ, especialista em Políticas Públicas (UFRJ) e em Gênero e Sexualidade (Instituto de Medicina Social/UERJ). Cursa, atualmente, Doutorado em Educação na Faculdade de Educação da UERJ. É pesquisador associado do Laboratório Educação e República (UERJ), atuando nas áreas de Cibercultura, Educação à Distância, ambientes virtuais de aprendizagem, Políticas Públicas, Globalização, Educação e Análise comparada. É servidor público estadual, Técnico em Ensino a Distância e Divulgação Científica na Fundação CECIERJ, trabalhando com Design Instrucional, Ambientes Virtuais de Aprendizagem, Recursos Educacionais Abertos e legislação sobre Educação a Distância. É assessor de relações internacionais na instituição.

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Publicado

2019-05-01

Como Citar

Nolasco-Silva, L., Soares, M. da C. S., & Lo Bianco, V. (2019). OS MEMES E O GOLPE. Periferia, 11(2), 111–130. https://doi.org/10.12957/periferia.2019.37034