A escrita de Eliana Alves Cruz contra a onda do silenciamento: uma proposta didática

Carlos Henrique Fonseca; Adriana Cristina Lopes Gonçalves Mallmann

doi:10.12957/palimpsesto.2025.89433

Autores

Carlos Henrique Fonseca Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira - UERJ https://orcid.org/0000-0002-8127-4999
Adriana Cristina Lopes Gonçalves Mallmann Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) https://orcid.org/0000-0003-0324-3289

DOI:

https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2025.89433

Palavras-chave:

Memória cultural, Literatura de autoria negra, formação do leitor, Protagonismo estudantil, interdisciplinaridade

Resumo

O presente artigo apresenta uma proposta pedagógica de leitura e discussão do romance O crime do Cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz, como ferramenta pedagógica em turmas do 2º ano do Ensino Médio, com o objetivo de estimular reflexões críticas sobre memória, racismo e diáspora africana. Fundamentado nos princípios da Lei 10.639/03 e partindo da discussão que tem como cerne a memória, o estudo propõe uma abordagem interdisciplinar que relaciona literatura, história e geografia, promovendo a valorização de narrativas silenciadas pela historiografia colonialista. A metodologia adotada nesta proposta incluiu atividades como rodas de leitura, produção de textos criativos e uma saída de campo pela região do Cais do Valongo, explorando a memória histórica de espaços relacionados à escravização no Rio de Janeiro.

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Biografia do Autor

Carlos Henrique Fonseca, Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira - UERJ

Possui Licenciatura em Letras: Português-Literaturas (2017) pela Faculdade de Letras da UFRJ, Mestrado em Letras Vernáculas (Literaturas Portuguesa e Africanas) pelo PPGLEV-UFRJ (2020) e Doutorado em Letras Vernáculas (Literaturas Portuguesa e Africanas) também pelo PPGLEV-UFRJ (2022). Desde a iniciação científica (2014-2016, com bolsa concedida pelo CNPq), dedica-se ao estudo da obra de Hélia Correia, resultando em uma dissertação cujo corpus privilegiado foi o romance "A Casa Eterna" (1991) e em uma tese que teve por interesse estudar as travessias na novelística da autora. Tem interesse, sobretudo, nas relações entre Literatura, História e Memória e nos seguintes temas: literatura portuguesa dos séculos XX e XXI; diálogos entre as Literaturas de Língua Portuguesa; intertextualidades; deslocamentos e travessias; escritas em feminino; formação do leitor literário e ensino de literatura. Atualmente, é Professor Adjunto de Língua Portuguesa e suas respectivas Literaturas no Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (UERJ).

Adriana Cristina Lopes Gonçalves Mallmann, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Possui graduação em Letras, Português e Inglês pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013), mestrado e doutorado em Letras Vernáculas também pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2017/2021). Atua como professora de Língua Portuguesa e de Literatura desde 2010. Ao longo desses anos, foi professora substituta de Língua Portuguesa (2016) no Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e professora de Língua Portuguesa e Literatura na Escola SESC de Ensino Médio (ESEM). Atualmente é professora Adjunta nível 2 no Departamento de Línguas e Literatura do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira - UERJ.Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Sintaxe, mais especificamente, no âmbito do período composto. Desenvolve pesquisas nos campos da sintaxe, prosódia e pragmática, atuando principalmente nos seguintes temas: análise discursiva-funcional e interface sintaxe-prosódia. Além disso, é coordenadora do projeto de pesquisa Olhares sobre metodologias no ensino de língua materna e do projeto de extensão sobre ensino de Língua Portuguesa e Literatura por meio das metodologias ativas. Sendo assim, seus trabalhos se concentram majoritariamente em teorias funcionalistas de base americana e em ensino de Língua Portuguesa para a educação básica.

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