Uma infância negada: considerações sobre a violência diáspórica em corpos infantis e juvenis no romance Adua (2018), de Igiaba Scego
DOI:
https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2025.90119Palabras clave:
Adua, Diáspora africana, Infância e juventude, ViolênciaResumen
O presente estudo pretende analisar a obra Adua (2018), de Igiaba Scego, verificando como diferentes personagens infantis e juvenis do romance vivenciam a experiência diaspórica no período moderno. A partir de teorias que versam sobre a imigração e exílio e a dominação masculina sobre os corpos femininos, este artigo debate diferentes opressões vivenciadas pelas personagens da obra de Scego que as posicionam como sujeitos minorizados. Perpassando temas como a imigração motivada pela busca de melhores condições de vida, a fuga de conflitos políticos e o tráfico sexual infantil, estudam-se diferentes facetas da diáspora e processos de acolhida no local de destino. Por se tratar de personagens infantis, destaca-se a negação das infâncias no contexto migratório que não se limita ao literário, mas é uma questão tangível na realidade.
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