A escrita em conjunto na literatura policial brasileira: um olhar sobre os arquivos de João Condé

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2022.65304

Palavras-chave:

literatura brasileira, literatura policial, folhetim

Resumo

O presente artigo tem como intuito analisar a técnica da escrita em conjunto na literatura policial através de dois romances nacionais: O homem das três cicatrizes e O mistério dos MMM, ambos organizados pelo jornalista João Condé, a partir da seguinte dinâmica: cada autor era responsável por um capítulo, que deveria dar sequência à narrativa do anterior. Considera-se essa forma de conceber uma história como um gesto inovador para o gênero detetivesco, haja vista que se criou, de certo modo, um jogo com os conceitos de autor - leitor - detetive, pois para escrever a sua parte, o escritor tinha que antes ler a de seu colega, bem como, buscar decifrar de forma mais precisa o mistério que vinha se construindo, em prol de escrever uma boa continuidade. Como os dois romances foram publicados primeiramente no jornal, também observamos os significados que ecoam dessa conexão, como a técnica do cliffhanger e o estilo narrativo mais sucinto/direto. Não obstante, destaca-se também que esse este trabalho é um resgate histórico-literário, uma vez que por não fazerem parte da obra principal de cada um dos autores do grupo, tais romances acabaram sendo esquecidos.

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Publicado

2022-05-04

Como Citar

LESZCZYNSKI, Taynara; SOARES, Isabelle Maria. A escrita em conjunto na literatura policial brasileira: um olhar sobre os arquivos de João Condé. Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, Rio de Janeiro, v. 21, n. 38, p. 553–564, 2022. DOI: 10.12957/palimpsesto.2022.65304. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/palimpsesto/article/view/65304. Acesso em: 12 maio. 2025.

Edição

Seção

Estudos de Literatura (Tema livre)