Entre os Lírios das Grutas Musgosas e Sombrias: Uma Leitura do Erotismo Libertino no Conto “Memórias de um Leque”, de Júlia Lopes de Almeida
DOI:
https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2025.85619Keywords:
Júlia Lopes de Almeida, Memórias de um leque, conto erótico brasileiro, emancipação femininaAbstract
In this research, we aim to verify the presence of eroticism in “Memórias de um Leque”, by Júlia Lopes de Almeida (1862-1934), a narrative belonging to the collection Corpo descoberto: contos eróticos brasileiros (1852-1922). The text was chosen for having the signature of the only woman listed in the anthology cited and for presenting a bias that converges with the beginning of Brazilian erotic production of the fin de siècle. Due to the adaptation to the moral austerity of the end of the 1800s – emphatically with regard to women –, eroticism occurs by allusion, as it happens with the narrator, which is a fan, in analogy to the phallus. About the theoretical framework that supports the research presented here, reflections by Beauvoir (1967), Maingueneau (2010), Moraes (2015; 2018a; 2018b) and Almeida (2018a), among others, are used. As for the approach, the methodology is exploratory, qualitative and bibliographical. In the end, we verify that, in the questioning of the libertine canon, a search for female emancipation in Brazilian literature of the 19th century.
Downloads
References
ALMEIDA, Júlia Lopes de. Traços e iluminuras. Lisboa: Typographia Castro & Irmão, 1887.
ALMEIDA, Júlia Lopes de; VIEIRA, Adelina Lopes. Contos infantis. 13. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1920.
ALMEIDA, Júlia Lopes de. A falência. Florianópolis: Editora Mulheres e Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003.
ALMEIDA, Aline Novais de. O despertar de Eros na literatura brasileira. In: MORAES, Eliane Robert (org. e prefácio). O corpo descoberto: contos eróticos brasileiros (1852-1922). Recife: Cepe Editora, 2018a. p. 411-425.
ALMEIDA, Júlia Lopes de. Memórias de um leque. In: MORAES, E. R. (org. e prefácio). O corpo descoberto: contos eróticos brasileiros (1852-1922). Recife: Cepe Editora, 2018b. p. 67-71.
A MISTERIOSA LINGUAGEM DOS LEQUES. Os Usos e Costumes dos Acessórios Femininos. Museu da Moda Brasileira. [s.d.]. Disponível em: <https://artsandculture.google.com/story/AwURfHjYbKKqLw?hl=pt-BR.>. Acesso em: 24 jul. 2023).
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo – a experiência vivida. Tradução de Sérgio Milliet. São Paulo: Difel, 1967. Vol. II.
DALCASTAGNÈ, Regina. Pela superfície do mundo: objetos e memória na literatura brasileira contemporânea. Let. Hoje, v. 53, n. 4, p. 463-468, out./dez. 2018. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/lh/a/CbrGF8trrzhTg5cCRNbFPCd/?lang=pt>. Acesso em: 11 jul. 2022.
DE LUCA, Leonora. O “feminismo possível” de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934). Cadernos Pagu, n. 12, 1999, p. 275-299. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8634918/2808>. Acesso em: 10 jan. 2024.
FIGUEIREDO, Viviane Arena. Da Gazeta de Campinas para a literatura: uma revisão crítico-textual das primeiras crônicas de Júlia Lopes de Almeida. Anais do Congresso Internacional da ABRALIC, 2018. Disponível em: <https://abralic.org.br/anais/arquivos/2018_1547507094.pdf>. Acesso em: 15 set. 2020.
FILS, Crébillon de. O sofá. São Paulo: LP&M Pocket, 2011.
KRAUSE, Rúben Solís. Erotismo – a cultura libertina. Tradução de José Carlos Teixeira. Lisboa: Editorial Estampa, 2007.
MAINGUENEAU, Dominique. Novas tendências em análise do discurso. 3. ed. Tradução de Freda Indursky. Campinas: Ed. da Universidade Estadual de Campinas, 1997.
MAINGUENEAU, Dominique. O discurso pornográfico. Tradução de Marcos Marcionilo. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. (Lingua[gem]; 42).
MARQUES, Mariana Teixeira. Fanny e Margot, libertinas: o aprendizado do corpo em dois romances eróticos setecentistas. São Paulo: Fap-Unifesp, 2015.
MORAES, Eliane Robert. Eros bem-comportado. Folha de São Paulo, São Paulo, Caderno Mais, 24 de agosto de 1997. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1997/8/24/ mais!/31.html>. Acesso em: 2 dez. 2013.
MORAES, Eliane Robert. Introdução. In: MORAES, Eliane Robert. (org.). Antologia da poesia erótica brasileira. Cotia: Ateliê Editorial, 2015. p. 18-48.
MORAES, Eliane Robert. (org. e prefácio). O corpo descoberto: contos eróticos brasileiros (1852-1922). Recife: Cepe Editora, 2018a.
MORAES, Eliane Robert. (org. e prefácio). Prefácio. In: MORAES, Eliane Robert. (org. e prefácio). O corpo descoberto: contos eróticos brasileiros (1852-1922). Recife: Cepe Editora, 2018b. p. XVII-XXX.
RHODES, Stanislas de. Autobiografia de uma pulga. São Paulo: Hedra, 1991.
PESSOA, Eurídice Hespanhol Macedo; SEPÚLVEDA, Denize. Júlia Lopes de Almeida e as mulheres brasileiras em finais dos oitocentos e início do século XX. Revista Communitas, v. 5, n. 9, jan./mar., 2021. Disponível em: <https://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/issue/view/194>. Acesso em: 6 set. 2021.
SORIANO, Elena. Dom-juanismo feminino. Tradução de Maria José Cardoso. Braga: Secretaria Nacional do Apostolado da oração, 1971. (Coleção Outra mulher, 2).
TORRES, Bolívar. Crônicas inéditas de Júlia Lopes de Almeida revelam observadora refinada do Rio. O Globo, 21 maio 2018. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/cultura/livros/cronicas-ineditas-de-julia-lopes-de-almeida-re velam-observadora-refinada-do-rio-22700821>. Acesso em: 15 out. 2021.
VISNADI, Marcos. A velha assanhada – anotações para a história de uma prática. Opiniães, Revista dos alunos de literatura brasileira, Dossiê literatura e sexo: questões estéticas e/ou morais, ano 4, vol. 6/7, Universidade de São Paulo, 2015.
WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Palimpsesto journal publishes original articles and reviews in the field of Literature, Language and Linguistics. We also publish mixed and/or thematic issues, with articles and reviews in Portuguese, English, Spanish, and French.
Authors retain copyright and grant the journal the right of its first publication, with the work simultaneously licensed under Creative Commons Attributions License, which allows sharing of the work with an acknowledgement of authorship and initial publication in this journal.
Palimpsesto uses a Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional license.