A Geração Femcel: Maternidade Compulsória e Celibato Voluntário em Querida Konbini (2019), de Sayaka Murata
DOI:
https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2025.85392Palabras clave:
Femcel, Literatura de autoria feminina, Literatura japonesaResumen
A presente pesquisa tem como objetivo analisar como a maternidade compulsória e o celibato voluntário influenciam na subjetividade feminina dessa tribo urbana conhecida como femcel em Querida Konbini (2019), de Sayaka Murata. A metodologia utilizada será a Teoria Semiótica Greimasiana, de linha francesa, levando-se em consideração os estudos de Barros (2005) sobre a temática. A fundamentação teórica norteou-se pelos estudos de Twenge (2017), Capler (2022), Klein (2022) e Do Couto (2023) sobre a Geração Z e as relações entre sexualidade e tecnologia; sobre maternidade compulsória e celibato voluntário, as contribuições de Koshiyama (2017) e Iaconelli (2023) serão consideradas. Como resultados, obteve-se que as mulheres não são consideradas bem-sucedidas a menos que sejam casadas e mães. Como considerações finais, pontuamos que a escolha de Keiko, protagonista da obra, de abandonar as tentativas de se encaixar na sociedade machista foram a ruptura com os padrões de gênero definidos para ela desde que nasceu, mas que ela não reconhece como naturais e não via necessidade de seguir.
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Citas
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