ULANO MALTA: A TENSÃO ENTRE PÚBLICO E PRIVADO NO ROMANCE UM RIO CHAMADO TEMPO, UMA CASA CHAMADA TERRA, DE MIA COUTO
Keywords:
Nação, Identidade, Estado pós-colonialAbstract
Este artigo analisa as tensões entre o público e o privado vivenciadas pelo personagem Fulano Malta da obra Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2002), do moçambicano Mia Couto, a partir das considerações sobre o Estado pós-colonial feitas por Partha Chatterjee. Segundo este autor, o nacionalismo anticolonial cria seu próprio campo de soberania no interior da sociedade colonial, cindindo o mundo das instituições e práticas sociais em dois domínios: o material (externo) e o espiritual (interno). O primeiro representa as práticas políticas, econômicas, científicas e tecnológicas e configura o campo de domínio do colonizador. No segundo plano encontram- se as marcas essenciais da identidade cultural, como a religião, a família e a língua, irredutíveis ao controle da administração colonial. No Estado pós- colonial este conflito permanece, fragmentando as identidades individuais.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Palimpsesto journal publishes original articles and reviews in the field of Literature, Language and Linguistics. We also publish mixed and/or thematic issues, with articles and reviews in Portuguese, English, Spanish, and French.
Authors retain copyright and grant the journal the right of its first publication, with the work simultaneously licensed under Creative Commons Attributions License, which allows sharing of the work with an acknowledgement of authorship and initial publication in this journal.
Palimpsesto uses a Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional license.