Os efeitos da memória na obra ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade
DOI:
https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2025.86886Palavras-chave:
bell hooks, Espaços de memória, LembrançasResumo
O presente trabalho pretende discutir a importância da memória na obra intitulada Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade (2013), da autora e feminista bell hooks (1952-2021). Como objetivo geral deste trabalho, pretende-se analisar o objeto mencionado e dentre os objetivos específicos estão: 1) apresentar a obra referida; 2) analisar fragmentos que demonstrem aspectos indicadores da memória; 3) evidenciar a importância do movimento feminista na construção da educação. Isso porque ao analisar os ensaios da autora pode-se considerar que as lembranças traumáticas no âmbito escolar possuem relação com a memória e a história e esses eventos traumáticos interferem até mesmo na construção da identidade da mulher racializada. Dito isso, dentre os pressupostos teóricos estão, principalmente, Ricoeur (2007), Fanon (1961), Conceição Evaristo (2011) e Sueli Carneiro (2020), a fim de identificar passagens significativas dessas lembranças que se configuram como marcas de memória/história de caráter individual e coletivo à medida que os episódios são narrados na obra em questão. Como resultados, espera-se evidenciar que a documentação da memória é fundamental para que não ocorra o esquecimento das vozes que são marginalizadas. Dito isso, hooks auxilia não só a pensar a partir das experiências e práticas no contexto de sala de aula, mas também possibilita refletir sobre os desafios da mulher negra sob um ponto de vista histórico.
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