Como montar uma rede construcional: uma abordagem por Escalonamento Multidimensional em 2D e 3D para os adjetivos adverbiais do português brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.84720Palabras clave:
adjetivo adverbial, semântica, gramática de construções.Resumen
Adelino e Diogo (no prelo) propõem que os adjetivos adverbiais (AAs) do português brasileiro podem ser agrupados em oito classes semânticas, que correspondem a uma construção gramatical de nível intermediário. Neste estudo, verificamos a realidade psicológica dessa proposta por meio de experimento de julgamento de proximidade semântica. Os dados foram analisados por meio de Escalonamento Multidimensional, técnica que permite gerar representações de clusters de exemplares em duas e três dimensões. A representação em 2D revelou a existência de cinco (meso)construções de adjetivo adverbial, ao passo que a representação em 3D indica a postulações de sete (meso)construções. As representações geradas revelaram a distribuição de diferentes microconstruções de adjetivos adverbiais e fornecem evidências em favor da existência de classes semânticas específicas para a Construção de Adjetivo Adverbial mais geral.
Descargas
Citas
ADELINO, Sara; PINHEIRO, Diogo. Uma representação construcionista dos adjetivos adverbiais e as suas semânticas no português brasileiro. No prelo.
BARBOSA, Mariana. Gramaticalização de advérbios a partir de adjetivos: um estudo sobre os adjetivos adverbializados. 2006. 104f. Dissertação (Mestrado em Linguística). Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 2006.
BYBEE, Joan. From usage to grammar: The mind’s response to repetition. Language 82, no. 4, p.: 711-733. 2005.
BYBEE, Joan. Language, usage and cognition. Cambridge: Cambridge University Press, 2010.
BYBEE, Joan. Usage-based theory and exemplar representation. In: HOFFMANN, Thomas; TROUSDALE, Graeme. (eds.) The Oxford Handbook of Construction Grammar. New York: Oxford University Press, 2013. p. 49-69.
BYBEE, Joan; EDDINGTON, David. A usage-based approach to Spanish verbs of ‘becoming’. Language 82. p. 323-355. 2006.
CAMPOS, Júlia Langer de. A competição entre [verbo ADJETIVO ADVERBIAL] e [verbo X-MENTE] na rede construcional qualitativa do português brasileiro: uma análise centrada no uso. 2019. 148f. Tese de Doutorado – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.
CINTRA, Geraldo. Mente: sufixo adverbial?. Cadernos de estudos linguísticos, p. 73-83, 1983.
CROFT, William. Verbs: Aspect and causal structure. Oxford: OUP, 2012.
DIESSEL, Holger. Usage-based construction grammar. In: DABROWSKA, Ewa; DIVJAKi, Dagmar. (eds.). Handbook of Cognitive Linguistics. Berlin: Mouton de Gruyter, 2015, p. 296-322.
DIESSEL, Holger. The grammar network. Cambridge: Cambridge University Press, 2019.
FOLTRAN, Maria José Gnatta Dalcuche. A alternância entre adjetivos e advérbios como modificadores de indivíduos e de eventos. Revista Letras, Curitiba, n. 81, p. 157-176, 2010.
HOUT, Michael; PAPESH, Megan; GOLDINGER, Stephen. Multidimensional scaling. Cognitive Science, v.4, n.1, p. 93-103, 2013.
HUMMEL, Martin. Sincronía y diacronía de los llamados adjetivos adverbializados y de los adverbios en -mente. Annuario de Letras. Lingüistica y Filología (Universidad Nacional Autónoma de México) I, 2, p. 215-281, 2013.
JOHNSON, Keith. Speech perception without speaker normalization. In: JOHNSON, Keith; MULLENNIX, John (eds.) Talker Variability in Speech Processing. San Diego: Academic Press, 1996.
KRUSKAL, Joseph Bernard. Multidimensional scaling by optimizing goodness of fit to a nonmetric hypothesis. Psychometrika 29(1), p. 1-27, 1964.
LOBATO, Lúcia Maria Pinheiro. Sobre o suposto uso adverbial de adjetivo: a questão categorial e as questões de variação e da mudança linguística. In: VOTRE, Sebastião; RONCARATI, Claudia. (Orgs.). Anthony Julius Naro e a Linguística no Brasil: uma homenagem acadêmica. Rio de Janeiro: 7Letras, 2008, p. 219-241.
MORAES PINTO, Deise Cristina de; GONÇALVES, Ester Moraes. Usos das construções adverbiais qualitativas com –mente e com PREP+SN. In: ROSÁRIO, Ivo da Costa do; OLIVEIRA, Taísa Peres de. (Org.). Descrição Funcional do Português: Teoria e ensino. 1ed. Campo Grande: UFMS, 2022, v. 1, p. 161-188.
PIERREHUMBERT, Janet Breckenridge. Exemplar dynamics: Word frequency, lenition and contrast. In: BYBEE, Joan; HOPPER, Paul. Frequency effects and the emergence of linguistic structure. Amsterdam: John Benjamins, 2001, p. 137–157.
PINHEIRO, Diogo; XIMENES, Dayanne. Como montar uma rede construcional? Uma proposta metodológica aplicada às construções de complementação sentencial do português brasileiro. Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, Rio de Janeiro, v. 29, n. 55, p. 77–93, 2022.
PINHEIRO, Diogo. Um modelo gramatical para a linguística funcional-cognitiva: da Gramática de Construções para a Gramática de Construções Baseada no Uso. In: ALVARO, Patrícia Teles; FERRARI, Lilian. (Orgs.). Linguística Cognitiva: dos bastidores da cognição à linguagem. Campos: Brasil Multicultural, 2016., p. 20-40.
TIRADENTES, Rodrigo Pinto. Adjetivos adverbiais na rede construcional do português brasileiro: uma proposta de categorização bottom-up do padrão [V AA] com sentido qualitativo. 2021. 197 f. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
VIRGÍNIO, Victor Tadeu Antas. A pragmática inerente das construções gramaticais: comparando adjetivos adverbiais e advérbios em -MENTE do português brasileiro. 2018 134f. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A revista Palimpsesto publica artigos e resenhas inéditos, referentes as áreas de Letras e Linguística. Publica volumes mistos e/ou temáticos, com artigos e resenhas em português, inglês, espanhol e francês.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Palimpsesto utiliza uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.