A forma nada avulsa dos homens avulsos, de Victor Heringer: vanguarda, herança e adaptações

Resumo

A partir de considerações a respeito dos escritos de Anatol Rosenfeld e Peter Bürger, busca-se mostrar como, mesmo em obras recentemente publicadas no mercado editorial brasileiro, especificamente O amor dos homens avulsos, de Victor Heringer (2016), o ato de esquecer-se da vanguarda ou, ainda, de processos formais e estilísticos, pelos quais se caracterizou a vanguarda e a modernidade nas artes (aqui, especificamente, o romance), é, quiçá, impossível e, ainda, improvável de se fazer. Através de uma revisão dos principais argumentos de Rosenfeld e Bürger, caminha-se para a chave analítica para o texto de Heringer, buscando observar como aquilo dito na teoria da vanguarda também pode ser observado nas escolhas formais e estruturais do romance heringeriano.