Um estudo sobre os efeitos de sentido na recepção negativa da obra Castanha do Pará pelo viés da Abordagem Crítica da Metáfora
DOI:
https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.79201Palavras-chave:
TMC, Metáfora animal, Ideologia, Prática Social, Multimodalidade.Resumo
Este artigo investiga a reação negativa de um policial, em uma publicação na rede social Facebook, à presença de uma imagem dos quadrinhos Castanha do Pará, de Gidaldi Júnior, em uma exposição de artes, em Belém-PA, no ano de 2018. Para tal, lança-se mão de metodologia de caráter descritivo-interpretativo, em que se analisa a postagem a partir das metáforas conceptuais que estruturam os elementos visuais da imagem. Assim, ao se abordar o valor ideológico da metáfora animal monomodal MENINO É URUBU na imagem, observa-se a emergência de duas metáforas conceptuais: a multimodal AÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA É GUERRA na postagem, influenciada por sua realidade; e a monomodal SEGURANÇA PÚBLICA É GUERRA CONTRA SUJEITOS EM SITUAÇÃO DE RUA, a qual ele critica por estar presente na História em Quadrinhos e ser inverídica.
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