A impossibilidade da alteridade: Cyberpunk como reflexo pós-moderno do rechaço ao outro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.76111

Palavras-chave:

Alteridade, Cyberpunk, Pós-modernidade, Cinema, Literatura.

Resumo

A presente proposta tem o objetivo de avaliar a forma como a literatura e as outras artes concebem a pós-modernidade. Para isso, a pesquisa propõe averiguar, dentro dos limites e pressupostos da Literatura Comparada, a forma como o gênero Cyberpunk tem abarcado a sociedade de século XXI, com vistas, especificamente, à análise da construção das cidades dentro das obras, atrelada às configurações das personagens e ao processo de rechaço ao Outro. Assim, objetiva-se fundamentar a compreensão de que o gênero cyberpunk, diferentemente do que já foi sugerido outrora, assumiu funções de presentificação da vida cotidiana e não mais apenas sugere futuros distópicos, sendo, portanto, elemento cultural fundamental às pesquisas sobre outremização e pluriculturalidade.

Biografia do Autor

Robert Thomas Georg Wurmli, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE/Cascavel)

Doutorando em Letras pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, campus de Cascavel-PR. Mestre em Literatura Comparada pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, campus de Cascavel-PR. Graduado em Letras Português/Inglês e respectivas Literaturas pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, campus de Cascavel - PR. Integrante do grupo de pesquisa "Confluências da Ficção, História e Memória na Literatura e nas diversas Linguagens". Tradutor Público e Intérprete Comercial do estado do Paraná, em Língua Inglesa.

Referências

AMARAL, Adriana da Rosa. Visões cibertemporais - a inserção dos estudos de cyberpunk no campo da comunicação e da cibercultura. Sessões do Imaginário, Porto Alegre, v. 14, n. Dezembro, p. 70-81, 2005.

AMARAL, Adriana da Rosa. Visões perigosas: uma arque-genealogia do cyberpunk: do romantismo gótico às subculturas: comunicação e cibercultura em Philip K. Dick. – Porto Alegre, 2005. 291 f.

ANDERSON, Benedict. Imagined Communities: Reflections on the Origins and Spread of Nationalism. London: Verso, 1991.

CAVALLARO, Dani. Cyberpunk and Cyberculture: science fiction and the work of William Gibson. The Athlone Press, New Brunscwick, NJ, 2000.

DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo. Trad. de Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

HAN, Byung-Chul. A expulsão do outro: sociedade, percepção e comunicação hoje. Trad. de Lucas Machado. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2022a.

HAN, Byung-Chul. Hiperculturalidade: cultura e globalização. Trad. de Gabriel Salvi Philipson. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2019.

HAN, Byung-Chul. Morte e Alteridade. Trad. de Lucas Machado. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2020.

HAN, Byung-Chul. O desaparecimento dos rituais: uma topologia do presente. Trad. de Gabriel Salvi Philipson. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2022b.

HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Trad. de Enio Paulo Giachini. 2. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2017.

JAMESON, Fredric. Postmodernism, Or the Cultural Logic of Late Capitalism. Duke University Press. Durham, NC, 1991.

LÉVINAS, Emmanuel. Totalidade e infinito. Trad. de José Pinto Ribeiro. Lisboa: Edições 70, 1980.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: editora 34, 1999.

RODRIGUES, Tieguë Vieira. A categoria da alteridade: uma análise da obra Totalidade e infinito, de Emmanuel Levinas. 2007. 115 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007.

SCHUETZ, Alfred. The stranger: an essay in social psychology. The American Journal of Sociology, Chicago, v. 49, n. 6, p. 499-507, 1944.

SIMMEL, Georg. The sociology of Georg Simmel. New York: Free Press, 1950.

YOUNG, Liam. Not for Us – Squatting the Ruins of our Robot Utopia. Revista Architectural Design – Machine Landscapes: Architectures of the Post-Anthropocene, Oxford, v. 89, p. 126-135, jan.-fev. 2019.

FILMES E SÉRIES MENCIONADOS

AKIRA. Direção: Katsuhiro Ôtomo. Roteiro: Katsuhiro Ôtomo, Izô Hashimoto. 124 min. Cor, Som, 1988.

BLADE Runner The director’s Cut. Direção: Ridley Scott. Produção: Michael Deely e Ridley Scott. Roteiro: Hampton Fancher e David Peoples. Intérpretes: Harrison Ford; Rutger Hauer; Sean Young; Edward James Olmos e outros. Warner Bros; 1991. 1 filme (117 min), som, color. 35 mm.

BLADE Runner 2049. Direção: Denis Villeneuve. Produção: Andrew A. Kosove, Broderick Johnson, Bud Yorkin, Ridley Scott. Roteiro: Hampton Fancher. Intérpretes: Ryan Gosling, Harrison Ford, Jared Leto, Ana de Armas, Sylvia Hoeks, Robin Wright, Dave Bautista e outros. Sony Pictures; 2017. 1 filme (164 min), som, color. digital.

GHOST in the Shell. Diretor: Mamoru Oshii. Roteiro: Kazunori Itô. Produção: Production I.G. 83 min. Som, Cor, 1995.

LIVROS MENCIONADOS

DICK, Philip Kindred. Androides sonham com ovelhas elétricas? Trad. de Ronaldo Bressane. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2017.

Downloads

Publicado

2024-01-30

Como Citar

Wurmli, R. T. G. (2024). A impossibilidade da alteridade: Cyberpunk como reflexo pós-moderno do rechaço ao outro. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 23(44), 329–352. https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.76111

Edição

Seção

Estudos de Literatura