A autoficcionalidade e as subjetividades femininas em Uma família em Bruxelas (1998) e Notícias de casa (1976), de Chantal Akerman

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.75794

Palavras-chave:

Chantal Akerman, autoficcionalidade, subjetividade, cinema, literatura.

Resumo

Este trabalho tem como objetivo analisar como se dá o processo autoficcional (eu-outro) e de que maneira as subjetividades femininas subvertem a hegemonia patriarcal nas obras Uma família em Bruxelas (1998) e Notícias de casa (1977), da cineasta belga Chantal Akerman (1950-2015). Nesse sentido, analisaremos as cartas presentes em seu filme, assim como fragmentos presentes em seu livro, a fim de identificar o movimento de construção dessas subjetividades, que levantamos como hipótese serem destoantes dos mitos e representações padronizadas vinculadas às mulheres.

Biografia do Autor

Erlândia Ribeiro da Silva, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Possui graduação em Letras – Espanhol pela Universidade Federal de Rondônia (2018), graduação em Letras – Português pelo Claretiano Centro Universitário (2022) e mestrado em Estudos Literários pela Universidade Federal de Rondônia (2020). É doutoranda em Letras (CAPES), com ênfase em Estudos Literários pela UFES (2020-2024). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas Estrangeiras Modernas, atuando principalmente nos seguintes temas: poesia, literatura feminina, literatura brasileira, transgressão e literatura latino-americana.

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Publicado

2024-01-30

Como Citar

da Silva, E. R. (2024). A autoficcionalidade e as subjetividades femininas em Uma família em Bruxelas (1998) e Notícias de casa (1976), de Chantal Akerman. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 23(44), 283–296. https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.75794

Edição

Seção

Estudos de Literatura