Ocupar (não) é crime: o jogo político dos sentidos no acontecimento das ocupações estudantis de 2016

Autores

  • Bruna Maria de Sousa Santos UFCG
  • Washington Silva de Farias UFCG

Palavras-chave:

Ocupações estudantis, confronto discursivo, movimento de significação.

Resumo

O artigo apresenta uma abordagem discursiva sobre o acontecimento das ocupações estudantis ocorridas no Brasil em 2016, a partir da análise de recortes referentes a dois vídeos que tratam da manifestação, sendo um representativo da posição do movimento estudantil, e outro da posição da mídia tradicional. Nosso objetivo é expor movimentos de significação (ORLANDI, 2007) que caracterizam o discurso das e sobre as ocupações, bem como compreender os processos de legitimação e deslegitimação implicados nesses discursos. O trabalho se ancora teoricamente na Análise de Discurso, explorando a s relações entre interpretação e ideologia (ORLANDI, 2012), bem como os conceitos de efeito metafórico (PÊCHEUX, 2014[1969]) e de política do silêncio (ORLANDI, 1993). A análise do corpus demonstra que o jogo político de disputa pelos sentidos que marcou o acontecimento das ocupações se constitui de forma polêmica pelos deslizamentos de sentido “ocupação/luta” e “ocupação/crime”.

Biografia do Autor

Bruna Maria de Sousa Santos, UFCG

Mestranda em Estudos de Linguagem Programa de Pós - graduação em Linguagem e Ensino Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

Washington Silva de Farias, UFCG

Professor Doutor em Linguística Programa de Pós-graduação em Linguagem e Ensino

Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

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Publicado

2017-12-22

Como Citar

Santos, B. M. de . S., & de Farias, W. S. (2017). Ocupar (não) é crime: o jogo político dos sentidos no acontecimento das ocupações estudantis de 2016. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 16(25), 331–354. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/palimpsesto/article/view/34812