Reflexões sobre o fazer científico e o papel da linguagem no discurso da divulgação do conhecimento
DOI:
https://doi.org/10.12957/matraga.2019.39211Palavras-chave:
Lingua(gem). Discurso. Ciência. Mídia. DivulgaçãoResumo
O presente artigo propõe reflexões sobre o fazer científico e o papel da lingua(gem) no discurso da divulgação do conhecimento. A proposta é verificar os efeitos que emergem da relação: condições de produção do discurso, ciência, tecnologia e mídia, analisando os sentidos que são gerados e geridos quando o conhecimento científico circula tanto nos grandes espaços midiáticos, quanto nos espaços especializados mais restritos. Para discutir os conceitos de democratização e espetacularização do conhecimento e considerando a influência de outras discursividades [e suas memórias] na construção de significados e significações, nos apoiaremos nos pressupostos de Debord (1997), Guimarães (2003), Araújo (2004), Orlandi (2010), Dias (2011) e Zoppi-Fontana (2017). Concluiu- -se que a visibilidade concedida à Ciência nos espaços midiáticos não especializados ainda é necessária, apesar de (re)significar o sentido dela para o grande público – reduzindo-o, por vezes, ao seu aspecto pragmático. E que a presença das universidades nos meios eletrônicos de divulgação, apesar de incipiente, constitui-se uma forma de resistência que tem tentado dirigir-se não apenas aos pares, mantendo a essência do fazer científico. Entendemos que é preciso promover deslizamentos na ordem dos critérios de divulgação para que ao invés de um embate de forças entre os espaços midiáticos e os meios especializados, haja uma ampliação do discurso sobre o fazer científico em prol de uma visibilidade efetiva, equânime e capaz de construir inteligibilidades outras em prol de uma sociedade melhor.
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